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Após seis anos, credores do Banco Santos começam a receber
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DE SÃO PAULO
Os 1.969 credores do Banco Santos (considerados não prioritários) começaram a ratear R$ 250 milhões que foram recuperados no processo de falência da instituição, segundo Vânio Aguiar, administrador judicial da massa falida do banco.
O dinheiro chega aos credores quase seis anos após a intervenção do Banco Central na instituição. Juntos, os 1.969 credores têm direito a receber R$ 2,5 bilhões --sem incluir correção monetária.
"Entre setembro de 2005 e junho deste ano, recuperamos R$ 689 milhões referentes a operações de crédito, receitas financeiras e venda de ações. Agora "apartamos" R$ 250 milhões desse total. E o valor será rateado. São pagos 10%, proporcionalmente ao que cada credor tem a receber", afirmou.
Entre os maiores credores considerados não prioritários estão: o Real Grandeza, fundo de previdência de Furnas, com R$ 164,6 milhões a receber; o Banco da Amazônia, com cerca de R$ 90 milhões, e o Instituto de Previdência do Legislativo do Estado de Minas Gerais, com R$ 39 milhões.
"Esperar quase seis anos para ter o primeiro pagamento mostra a morosidade do processo", diz Gerardo Renault, presidente do Instituto de Previdência do Legislativo do Estado de Minas.
"A minha visão é de gestor. Não cabe ao administrador deixar feliz ou infeliz o credor. Você nunca agradará a quem perdeu seu dinheiro", diz Aguiar.
Para agilizar a recuperação de créditos, foi proposto um plano (até o dia 21) para 700 empresas que devem à massa falida. Elas podem quitar dívidas à vista com até 75% de desconto.
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