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13/08/2010 - 20h55

Distribuidora de energia Elektro é disputada por quatro empresas

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LEILA COIMBRA
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA

As empresas Neoenergia, CPFL, AES e Cemig entregaram nesta sexta-feira proposta de compra dos ativos do fundo inglês AEI (Ashmore Energy International), cuja principal empresa é a distribuidora de energia Elektro, localizada no interior de São Paulo.

A disputa entre as quatro maiores companhias elétricas do país pela Elektro envolve a liderança do setor e pode mudar o mapa de consolidação das empresas de energia no Brasil.

Segundo pessoas próximas à operação, as quatro concorrentes teriam feito ofertas entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões pelos ativos do fundo americano.

Um dos entraves da compra do Ashmore (que agrupou os investimentos da falida Enron) foi o formato de venda de seus ativos. O interesse das companhias brasileiras era somente na Elektro, que representa 60% do portfólio do Ashmore na América Latina.

Mas o fundo só aceitava vender o pacote inteiro, que inclui também uma termelétrica no Brasil, empresas de transporte e distribuição de gás natural e outras distribuidoras de energia na Argentina, Chile, El Salvador e Panamá.

O vencedor terá que levar todo o pacote. O Ashmore contratou os bancos americanos de investimento Merrill Lynch e Goldman Sachs para fazer a modelagem da venda.

O fundo inglês vai agora analisar as propostas. Como se trata de uma negociação entre companhias privadas, não há prazo para a divulgação do resultado. Na verdade, o fundo pode até mesmo decidir não aceitar nenhuma das ofertas e fazer um novo leilão.

Das quatro potenciais compradoras, CPFL e AES teriam ganhos de sinergias por já possuírem ativos próximos à área de concessão de Elektro. A Cemig, por sua vez, marcaria sua entrada em território paulista. A empresa mineira já é dona da Light, no Rio.

A Neoenergia, cuja área de atuação é o Nordeste brasileiro, não possui sinergias de proximidade física, mas tem interesse na liderança nacional no setor elétrico brasileiro e, numa possível fusão junto à CPFL, criando a "superelétrica" brasileira, se posicionar como consolidadora, comprando as demais, e não sendo adquirida.

 

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