Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/08/2010 - 17h34

Bovespa fecha em alta de 1,38% e perde 3,15% em agosto

Publicidade

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

O mercado brasileiro de ações teve um dia volátil, mas ainda teve fôlego para sustentar uma recuperação na virada do mês, inclusive com um aumento do giro de negócios, que foi bastante fraco nos pregões precedentes. As Bolsas americanas e europeias também fecharam "no azul", após a divulgação de alguns indicadores um pouco mais favoráveis da economia mundial. Nos EUA, a confiança do consumidor aumentou, o preços do imóveis subiu e o banco central indicou preocupação com o ritmo de reativação da economia, mas mencionou a adoção de mais estímulos.

No front doméstico, há um relativo consenso de que o BC deve manter a taxa de juros na reunião de amanhã.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, teve alta de 1,38% no fechamento, aos 65.145 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,42 bilhões, acima da média do mês (R$ 5,6 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, avançou 0,05%.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,757, em um decréscimo de 0,17%. A taxa de risco-país marca 230 pontos, número 0,43% acima da pontuação anterior.

"Tradicionalmente, setembro, outubro e novembro são meses em que os agentes demandam mais moeda, por conta de operações como remessas de lucros etc. Nesse caso, o dólar subir mais um pouco e talvez, buscar o R$ 1,80 registrado pelo Banco Central no Focus [boletim das projeções de mercado]", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade. "Eu não descarto que o dólar possa cair mais, até abaixo de R$ 1,75. É claro que é possível. Mas nesse cenário, acho muito difícil", acrescenta.

Entre as principais notícias do dia, a agência de estatísticas Eurostat reportou uma desaceleração dos índices de preços entre julho e agosto, em linha com as previsões do mercado. A taxa do desemprego permaneceu em 10% em julho, perto do patamar máximo em 12 anos.

Nos EUA, a pesquisa S&P/Case-Shiller mostrou que os preços dos imóveis nas principais regiões metropolitanas do país subiram 4,4% no segundo trimestre, após uma queda de 2,8% nos primeiros três meses do ano. Outra pesquisa, do instituto Conference Board, revelou que o americano está um pouco mais confiante: o índice que busca refletir o sentimento dos consumidores subiu de 51 pontos em julho para 53,5 em agosto, em um desempenho melhor do que o esperado.

O banco central americano advertiu que a recuperação da economia local continua lenta desde o início do terceiro trimestre. "A debilidade dos dados econômicos que nos chegam sugeriram que a expansão estaria mais lenta a curto prazo do que se previu anteriormente", comenta os diretores do banco central, em ata divulgada hoje. O documento mostra ainda que houve grande discussão entre os membros sobre a necessidade de medidas adicionais para estimular o nível de atividade.

Copom

O Copom (Comitê de Política Monetária) inicia hoje a reunião de dois dias para determinar a nova taxa básica de juros do país, atualmente em 10,75%. Boa parte dos economistas do setor financeiro espera a manutenção dos juros, mas uma parcela ainda não descarta as possibilidades de um ajuste para 11,25%.

Quem aposta na permanência dos juros, nota o nível relativamente fraco de atividade no campo doméstico, bem como a fraqueza da economia mundial, o que já autorizaria o fim do ciclo de alta dos juros. Os integrantes do segundo grupo (que defendem o ajuste), no entanto, veem riscos não desprezíveis nesse cenário.

"Do ponto de vista do nível de atividade, não acreditamos em acomodação mais intensa da demanda doméstica: para nós, a acomodação desse meio de ano foi temporária e não indica tendência. [Além disso] O nível de emprego, a renda real do trabalhador e o crédito ao consumidor demonstram elevação na margem, indicando que o consumo deve continuar em níveis elevados", comenta Felipe Tâmega, economista-chefe da Modal Asset, em relatório sobre as perspectivas do Copom.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página