Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/09/2010 - 16h53

Aumento de importações é positiva com bens de capital

Publicidade

MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA

As importações apresentam um crescimento mais forte do que as exportações neste ano, o que impacta diretamente o resultado do superavit comercial brasileiro. Segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Welber Barral, o fator cambial tem tornado mais atrativas as importações. "Vivemos um período de 'plata dulce'", afirmou Barral.

Contudo, o secretário apontou o forte crescimento das importações de bens de capital (máquinas e equipamentos) em agosto ante mesmo mês do ano passado, de 72%, como um fator positivo. "Isso demonstra que a indústria está investindo. Somados aos dados de produção, dá para perceber que há exagero ao se falar em desindustrialização do país", afirmou o secretário.

Na demonstração do resultado da balança comercial de agosto, que registrou um superavit de US$ 2,44 bilhões, o MDIC destacou que as exportações, de US$ 19,236 bilhões, tiveram o melhor desempenho mensal (em valor e pela média diária) desde setembro de 2008. "Isso mostra que há uma recuperação dos mercados importadores", ressaltou Barral. Já as importações, de US$ 16,796 bilhões, são as mais altas desde outubro de 2008.

Porém, o principal produto da pauta exportadora brasileira em agosto foi o minério de ferro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o valor do produto apresentou elevação de 228%. No mês, foram exportados US$ 3,6 bilhões. Barral atribuiu esse resultado à valorização do produto no mercado mundial.

Também entre os principais produtos exportados pelo país, houve avanço não apenas no valor em relação a agosto do ano passado, mas também na quantidade exportada, o que também demonstra a melhora do cenário de comércio mundial.

No acumulado do ano, o Brasil obteve um aumento nas exportações ante agosto de 2009 para quase todas as regiões do globo. Somente para a África ainda há um recuo.

Apesar da alta no volume exportado, contudo, Barral ressaltou a redução da participação dos Estados Unidos entre os compradores de produtos brasileiros. A fatia da principal economia mundial nas exportações brasileiras caiu de 10,2% para 9,9%. "Olhamos com atenção para o comércio com os Estados Unidos e julgamos importante a manutenção de nossa participação naquele mercado", afirmou.

Ele comentou ainda as investigações norte-americanas em processos antidumping contra produtos brasileiros, cujo principal produto em disputa é o suco de laranja. "Estamos atentos. São ao todo 11 produtos brasileiros, e isso é pouco se comparado, por exemplo, à investigação de cerca de 70 a 80 produtos chineses", explicou.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página