Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/09/2010 - 11h42

Dívidas da velha Varig sobem e já alcançam R$ 18,6 bilhões

Publicidade

JANAINA LAGE
DO RIO

Cinco anos após o início da recuperação judicial, as dívidas da "velha Varig" mais do que dobraram e somam ao menos R$ 18,6 bilhões.

A informação consta no relatório entregue pela Licks Associados, administradora judicial da companhia, à Justiça do Rio.

Desde 2005, o montante de dívidas era estimado em cerca de R$ 7 bilhões, com base em informações prestadas pela diretoria à época do último balanço.

A Varig foi dividida em duas. A marca e as autorizações de pouso e decolagem foram vendidas em leilão e hoje pertencem à Gol.

A "velha Varig" permaneceu com as dívidas e é, na verdade, um conjunto de três empresas: Viação Aérea Rio Grandense, Nordeste e Rio-Sul Linhas Aéreas.

A análise isolada das companhias mostra que a Viação Aérea Rio Grandense tem dívidas de R$ 17,5 bilhões. A relação entre dívidas e ativos da empresa mostra que, no longo prazo, ela é capaz de pagar 2,74% do total.

Com base no relatório, a juíza Marcia Cunha, da 1ª Vara Empresarial do Rio, decretou a falência da "velha Varig" no mês passado.

A Fundação Ruben Berta, que foi afastada do controle da empresa, obteve uma liminar que suspende os efeitos da decisão, assinada pelo desembargador Reinaldo Alberto Filho.

Cesar Curi, presidente da fundação, afirma que o relatório do administrador judicial, que assumiu a empresa neste ano, não tem legitimidade. "Onde está o balanço? Há anos que não há registro de balanço documentado na CVM [Comissão de Valores Mobiliários] e na Bovespa."

Para ele, cabe aos administradores judiciais anteriores providenciar toda a documentação oficial e a localização de todos os ativos.

PLANO

A maior parte das dívidas não faz parte do plano de recuperação, que foi acordado entre credores -como ex-funcionários e aposentados do Aerus, o fundo de pensão da empresa-, fornecedores e estatais. Somadas, as dívidas que não estão no plano ultrapassam R$ 10 bilhões.

"O mínimo esperado era que os credores tivessem sido pagos", disse Élnio Borges, da Apvar (Associação de Pilotos da Varig), que também entrou com pedido para suspender a falência.

Existem ao menos 16.833 processos ativos envolvendo a velha Varig. O relatório diz que a empresa não paga os advogados há nove meses.

O administrador afirma que não há recursos para pagar o levantamento da documentação de imóveis no Brasil e no exterior.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página