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Wall Street quer novo líder brasileiro com habilidades políticas e ajuste fiscal
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DA REUTERS, EM NOVA YORK
Os investidores de Wall Street disseram na quinta-feira que esperam que o próximo líder brasileiro torne mais austera a política fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tenha a mesma habilidade de manter um governo de coalizão.
A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, lidera com ampla vantagem as pesquisas de intenção de voto, com José Serra, do PSDB, em um distante segundo lugar.
Mas Dilma nunca foi eleita para um cargo público e alguns analistas dizem que ela pode não ter a sabedoria política para negociar alianças com outros partidos ou mesmo lidar com integrantes mais radicais do PT.
"Como ela irá lidar com o Congresso? Claro, Lula terá um papel gigantesco nisso", afirmou o estrategista-chefe para América Latina da Macquarie Capital, John Welch, durante um painel organizado pelo Conselho das Américas em Nova York.
Welch, assim como muitos outros analistas, acredita que Lula continuará tendo uma participação importante nos bastidores para a construção de alianças políticas se Dilma for eleita.
Na frente econômica, Wall Street espera que o próximo governo anuncie rapidamente medidas para cortar os gastos governamentais, o que tem estimulado o crescimento econômico para níveis que, para alguns analistas, são insustentáveis.
"Quanto maior o sinal em termos de aperto fiscal e prudência fiscal, mais vamos ter confiança na continuidade das políticas", afirmou a chefe da equipe de América Latina da Fitch, Shelly Shetty, no mesmo painel.
A prudência fiscal será importante na decisão da agência de classificação de risco sobre a elevação da nota do Brasil, disse Shetty.
A Fitch revisou a perspectiva da nota de "estável" para "positiva" no fim de junho e manteve a avaliação da dívida soberana do país em "BBB-", citando a resistência da economia brasileira na crise econômica global.
Dilma tem negado publicamente a necessidade de um ajuste fiscal no país, mas analistas acreditam que, deixando o discurso político de lado, ela entende que uma posição fiscal sólida é chave para o sucesso do governo.
A lista de desejos de Wall Street para o próximo presidente também inclui uma série de reformas macro e microeconômicas e algumas leis que têm pouca chance de serem aprovadas, como autonomia formal ao Banco Central.
No curto prazo, no entanto, investidores ficarão satisfeitos em ver a nomeação de um gabinete que indique a continuidade das políticas e uma rápida execução do plano de capitalização da Petrobras.
No início do mês, a estatal divulgou os detalhes de sua megaoferta de ações que poderá atingir um valor estimado de R$ 128,3 bilhões, a maior oferta de ações da história dos mercados de capital, mas ainda há preocupações com o apetite dos investidores pela operação, assim como a diluição dos acionistas minoritários.
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