Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/10/2010 - 17h58

Bovespa cai 1% após quatro dias de ganhos; dólar bate R$ 1,68, sob ações do governo

Publicidade

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou os negócios desta quarta-feira em terreno negativo, após uma sequência de quatro pregões sem desvalorização. O destaque do dia ficou por conta das fortes perdas das ações de Petrobras. No exterior, o influente relatório da consultoria ADP sobre o mercado de trabalho americano, com números frustrantes, afetou os negócios de Wall Street, a maior referência para o investidor doméstico.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, desvalorizou 1,04% no fechamento, aos 70.541 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,74 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,21% no encerramento das operações. O índice mais abrangente S&P 500 teve queda de 0,06%.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,682, em alta de 0,41%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,691 e R$ 1,666.

O governo anunciou uma nova medida para conter o fortalecimento do real frente à moeda americana, permitindo que o Tesouro Nacional possa comprar ainda mais dólares no mercado doméstico. Anteontem, a Fazenda já havia dobrado o imposto para investidores estrangeiros aplicarem em renda fixa no país.

PETROBRAS

Analistas destacaram a influência dos papéis da estatal petrolífera na queda de hoje, que abrangeram cerca de 30% do volume de hoje. A ação preferencial da Petrobras teve perdas de 4,15% e movimentou R$ 1,76 bilhão, enquanto a ação ordinária retrocedeu 3,98%, com um volume de R$ 373 milhões de negócios.

"O que pesou mesmo [na Bolsa] foram as ações da Petrobras. O problema é que tanto bancos daqui como lá de fora começaram a rever suas recomendações para o papel. O problema é que o papel não cumpriu as expectativas de que voltaria a subir depois da oferta pública", comenta Leandro Martins, analista do site "seuconsultorfinanceiro". "Do ponto de vista dos fundamentos [econômicos], as expectativas para a empresa não muito boas", acrescenta.

O analista destaca que investidores estão optando por ações da Vale --"que não tem risco político e está com um programa de recompra de ações"-- ou da OGX, que é também do setor de petróleo e gás. Essa "troca" de Petrobras por OGX já ocorreu nas recomendações de investimentos de várias corretoras de valores. A opinião não é unânime: uma parcela do mercado ainda acredita que o papel pode bater a casa dos R$ 40 num prazo de 12 meses.

EMPREGO NOS EUA

Entre as principais notícias do dia, a consultoria de recursos humanos ADP reportou uma perda de 39 mil vagas no setor privado nos EUA em setembro, na sequência da redução de outras 10 mil vagas em agosto (dado revisado). Economistas do setor financeiro contavam com um dado muito melhor, projetando uma geração de 20 mil vagas para o mês passado.

Ainda no front externo, a agência de estatísticas Eurostat informou que o PIB (Produto Interno Bruto) dos países da zona do euro avançou 1% no segundo trimestre, o que é a maior taxa de expansão em quatro anos. Ainda na Europa, o governo alemão informou que o nível de encomendas ao setor industrial aumentou 3,4% em agosto, num ritmo mais forte do que muitos economistas previam.

E a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a classificação da dívida soberana da Irlanda, de "AA-" para "A+", advertindo que a próxima revisão também pode ser negativa. A Fitch justificou a piora das expectativas para o país europeu apontando o impacto nas finanças públicas dos programas para ajudar o setor bancário local.

No front doméstico, o IBGE comunicou que a produção industrial do país contraiu em nove das 14 regiões pesquisadas em agosto (na comparação com julho). No confronto com agosto do ano passado, os resultados foram positivos em todas as divisões regionais.

E o BC informou que, em setembro, a conta financeira do país teve a maior entrada de dólares (já descontados os resgates) desde 1982, início da série histórica. Foram US$ 16,7 bilhões, o que a autoridade monetária contrabalançou com US$ 10,8 bilhões em compras, valor também recorde.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página