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Medidas tomadas pelos EUA geram efeitos colaterais no Brasil, diz Meirelles
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MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
O presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira, em São Paulo, que o governo está atento ao excesso de fluxo de recursos para o Brasil e que a hipótese de formação de bolhas em qualquer momento é preocupante. Ele também repercurtir medidas tomadas por outros países e que geram efeitos "em países que vão bem", como é o caso do Brasil.
Comentando a expectativa de expansão monetária nos Estados Unidos, o que tende a enfraquecer ainda mais a o dólar, ele disse que a situação americana é complicada, pois as taxas de juros já atingiram patamares muito baixos e questões de ordem política impedem a concessão de estímulos fiscais suficientes para recuperação da economia do país.
"A economia americana depende hoje, portanto, exclusivamente de estímulos monetários. Isso gera distorções grandes. É um remédio que tem efeitos colaterais muito intensos", disse Meirelles, em referência à valorização do real e de outra moedas.
O presidente do BC observou que esses efeitos colaterais são sentidos particularmente nas regiões do mundo que vão bem, como o Brasil. Ele ressaltou, porém, que esse não é apenas um fenômeno emergente, acrescentando que países como a Suíça e o Japão têm sido também destinatários de grandes investimentos.
Meirelles não falou em novas medidas para conter o fortalecimento do real. Ele disse que o momento agora é de análise do que foi feito e do que poderia ser feito.
"Todos os países estão tomando medidas para proteger suas próprias economias e o Brasil está tomando todas as providências para isso. A melhor postura nesse momento é nós aguardarmos", afirmou, ao participar da comemoração dos 19 anos da ONG Viva o Centro, da qual é fundador.
No início do mês, o governo elevou a alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado sobre alguns tipos de investimento estrangeiro, como os voltados para renda fixa. Além disso, o BC vem comprando dólares no mercado à vista para diminuir o impacto da forte entrada de recursos. O Fundo Soberano já está autorizado a fazer o mesmo.
Meirelles destacou que, além do polo de ação individual, há também o polo de discussão multilateral em que o Brasil tem desempenhado papel ativo visando enfrentar o problema de forma global.
A reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), realizada no fim de semana retrasado, em Nova York, terminou sem acordos concretos. Representantes das principais economias do mundo voltam a se reunir em novembro, em Seul.
Sobre um eventual cargo no próximo governo, caso a candidata Dilma Rousseff seja eleita, Meirelles disse apenas: "Vamos aguardar".
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