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Governo francês diz que normalizar abastecimento levará vários dias
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DA FRANCE PRESSE, EM GRANDPUITS
O governo francês anunciou nesta sexta-feira que levará vários dias para voltar à normalidade no abastecimento dos postos de gasolina que estão sem combustível devido aos bloqueios e greves nas refinarias contra a reforma da aposentadoria.
O governo fez esse anúncio ao término de uma reunião presidida pelo primeiro-ministro François Fillon, apesar de não precisar a data exata para retorno à normalidade.
O encontro realizado na sede do governo teve a presença dos principais dirigentes do setor produtor e distribuidor de combustíveis.
"Acredito que voltar à normalidade levará lamentavelmente um pouco mais de tempo do que se podia imaginar no início", afirmou o presidente da UFIP (União Francesa de Indústrias Petroleiras), Jean Louis Schilansky.
Segundo o ministro da Energia, Jean Louis Borloo, 20% dos 12.300 postos de gasolina estão sem combustível nesta sexta, um pouco menos que na quinta.
A polícia francesa, por sua vez, liberou nesta sexta-feira uma refinaria na região de Paris que teve o acesso bloqueado durante a madrugada por ativistas e sindicalistas, como parte dos protestos contra a reforma da aposentadoria.
A operação aconteceu depois da emissão de um decreto que ordenava a volta ao trabalho dos funcionários da refinaria de Grandpuits.
Um "cordão cidadão" com cerca de 80 pessoas tentou impedir o acesso ao local dos oficiais. A polícia não usou armas na ação, mas foram registrados incidentes e três pessoas ficaram feridas, segundo fontes sindicais.
O coordenador da CGT, principal central sindical do país, Charles Foulard, denunciou uma "pressão escandalosa".
"Os feridos, um sindicalista e dois funcionários, receberam pontapés", disse.
O bloqueio de depósitos de combustível representa uma parte essencial da mobilização social na França contra a reforma da aposentadoria do governo do presidente Nicolas Sarkozy, que pode ser votada nesta sexta-feira no Senado.
A reforma prevê elevar de 60 a 62 anos a idade para aposentadoria e de 65 a 67 anos a idade para receber uma pensão completa.
"O Senado votará esta reforma nas próximas horas", afirmou o ministro do Trabalho, Eric Woerth, antes de precisar que a votação final, na Assembleia (Câmara dos Deputados) e no Senado, acontecerá entre terça, quarta e quinta da próxima semana.
Ante a "intransigência" do governo, os sindicatos convocaram dois novos dias de protestos, em 28 de outubro e 6 de novembro próximos, depois de seis dias nacionais de manifestações -- três acompanhados de greves --, realizados desde o início de setembro.
Sarkozy já denunciou os efeitos econômicos do bloqueio das refinarias.
"Ao tomar como refém a economia, as empresas e a vida cotidiana dos franceses, empregos serão destruídos e, como sempre, os pequenos é que pagarão pelos demais", acusou o presidente.
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