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22/10/2010 - 16h21

Plano dos EUA de meta comercial tem resistência no G20

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DA REUTERS

Os Estados Unidos se esforçaram na sexta-feira para conseguir apoio à proposta de estabelecer limites para os desequilíbrios externos, como maneira de pressionar os países com superavit como a China a deixar que suas moedas se valorizem.

Em uma carta aos ministros de Finanças do G20 (grupo que reúne os países ricos e as potências emergentes), o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou que os países deveriam implementar políticas para reduzir os desequilíbrios em conta corrente para um nível inferior a determinada parcela do PIB (Produto Interno Bruto).

O ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, disse que Geithner propôs limitar os superavit e deficit em conta corrente a 4% do PIB.

Mas o plano encontrou uma fria recepção no primeiro dia de reunião do G20. Grandes países exportadores que costumam ter forte superavit comercial lideraram a oposição.

Uma fonte do G20 disse que a China é contrária a qualquer limite, o ministro da Economia da Alemanha, Rainer Bruederle, alertou contra um retrocesso e o vice-ministro de Finanças da Rússia, Dmitry Pankin, disse que um esboço do comunicado deve evitar metas numéricas.

"O comunicado é bem politicamente correto", disse Pankin. "No longo prazo, o foco deve ser no câmbio refletindo as condições de mercado. Interferência estatal excessiva deve ser evitada."

Noda também manifestou ceticismo. "Temos dúvidas se metas numéricas rígidas deveriam ser estabelecidas."

Esse clima destacou as dificuldades que o G20 enfrenta, à medida que tenta colocar a economia mundial em um ritmo mais estável e acalmar as tensões cambiais.

Embora o G20 tenha sido parabenizado pela coordenação de pacotes de estímulo durante a crise financeira global, sua unidade tem sido testada por baixo crescimento nos países ricos e tentativas de algumas economias emergentes de preservar sua competitividade comercial mantendo as moedas desvalorizadas.

Os países do G20, afirmou Geithner, "deveriam se comprometer a evitar políticas cambiais desenhadas para alcançar vantagem competitiva por meio de enfraquecimento de suas moedas ou evitando a apreciação delas".

Autoridades chinesas não fizeram comentários públicos, mas uma fonte do G20 disse que Pequim se opõe a qualquer comunicado que explicitamente defina limites para conta corrente ou qualquer outra forma de regra sobre política cambial.

A fonte afirmou que o grupo estava dividido não somente sobre a questão do câmbio, mas também sobre como dar aos países mais pobres mais poder de voto no FMI (Fundo Monetário Internacional).

 

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