Publicidade
Publicidade
BNDES quer mais crédito privado para empresas
Publicidade
DA REUTERS, EM MIAMI
O governo brasileiro deve reduzir sua ajuda na formação de conglomerados em setores estratégicos, agora que investidores privados parecem dispostos a assumir mais riscos, disse nesta sexta-feira o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho.
Nos últimos anos, o banco estatal tem ampliado sua atuação, concedendo mais empréstimos a empresas brasileiras para ajudá-las a resistir à crise global e levando alguns analistas a questionar o impacto disso para a trajetória fiscal do país em médio e longo prazos.
Os créditos do BNDES atualmente representam mais de um quarto dos empréstimos concedidos no país, e uma parte expressiva deles se destina a grandes companhias nacionais com forte atuação no exterior, como a Petrobras e a empreiteira Odebrecht.
"Ajudamos a consolidar setores em que o Brasil tinha uma vantagem competitiva e grandes empresas", disse Coutinho à Reuters.
"O que estamos vendo agora é que os bancos privados estão olhando ao seu redor para a promoção da internacionalização das empresas brasileiras. Entendo que os mercados irão liderar esse movimento a partir de agora."
Coutinho disse que o BNDES e o governo já estão preparando medidas para promover o crédito de longo prazo no setor privado, depois do adiamento dos planos iniciais, neste ano, devido à necessidade de capitalizar a Petrobras.
"No ano que vem, já nos preparamos para abrir espaço aos mercados de capitais e aos bancos privados", afirmou.
O Tesouro brasileiro capitalizou o BNDES em cerca de R$ 180 bilhões nos últimos 18 meses, tomando empréstimos com juros de mercado, em torno de 11%, e concedendo créditos mais baratos, com juros ao redor de 6%.
Isso provocou um debate sobre se o banco não estaria pressionando o crédito do setor privado.
A previsão para este ano é de que o BNDES desembolse a quantia recorde de R$ 144 bilhões, um aumento de 5% em relação a 2009, apesar das promessas do governo de que iria reduzir a concessão de crédito.
Coutinho disse que o aumento foi inferior ao de anos anteriores.
"O fato continua sendo de que o investimento exige uma maior atividade financiadora e que temos de fornecê-la", afirmou.
"Há um desafio de como fornecer suficiente crédito e financiamento para aumentar a escala dos investimentos."
+ Notícias em Mercado
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice