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BNDES defende poupança e financiamento público para desenvolvimento
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PEDRO SOARES
DO RIO
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, defende a ideia de que as novas políticas de desenvolvimento têm de obrigatoriamente se pautarem pela inovação e que o papel central do governo é promovê-la com instrumentos públicos de financiamento.
"A inovação estruturada é o motor mais poderoso para desenvolver economias atrasadas", disse o economista, em vídeo apresentado no seminário "A Nova Geração de Políticas de Desenvolvimento Sustentado", realizado pelo BNDES, no Rio.
Para o presidente do banco estatal, dois eixos são decisivos para o sucesso de uma política de fomento ao crescimento da economia: a inclusão social e o estímulo à poupança doméstica e ao financiamento público.
Na visão de Coutinho, apenas países que estimularam seu mercado interno --com o ingresso de camadas da população antes excluídas-- e usaram bancos públicos como alternativa de crédito conseguiram sair da crise "que quase afundou o capitalismo" no final de 2008. Como exemplo, citou Brasil e China.
Coutinho avalia ainda que uma das prioridades do financiamento público tem de ser justamente a inovação, capaz de gerar um crescimento econômico maior e mais sustentado ao longo do tempo.
Embora um entusiasta da inovação, Coutinho alerta que novos instrumentos financeiros "inovadores" representam "um perigo para toda a sociedade", se não vierem acompanhados de um controle maior do Estado.
"A inovação financeira se não for baseada na realidade dos mercados é um risco", disse, em referência à crise do subprime nos EUA, que gerou a maior depressão da economia global desde os anos 30.
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