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30/11/2010 - 15h18

BC europeu diz que Irlanda e Grécia estão 'em situação de solvência'

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DA FRANCE PRESSE, EM BRUXELAS
DE SÃO PAULO

O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, afirmou nesta terça-feira que Irlanda e Grécia, que atualmente se beneficiam de uma ajuda internacional, estão "em situação de solvência".

Falando em Bruxelas para a comissão parlamentar da União Europeia sobre assuntos econômicos e monetários, Trichet afirmou que os países da zona do euro que se beneficiam de pacotes de resgate internacionais estão "em situação de solvência".

IRLANDA

O governo da Irlanda anunciou em 24 de novembro um pacote de austeridade para os próximos quatro anos. A ideia é convencer o mundo de que irá mesmo atacar seu deficit público -- que deve fechar em 9,3% do PIB neste ano -- e honrar as dívidas.

O pacote é também uma exigência do FMI e da União Europeia para conceder um empréstimo de até 90 bilhões (cerca de R$ 232 bilhões) para o país organizar seu caixa.

Para o irlandês, serão quatro anos difíceis. O governo vai cortar 24.750 pessoas do serviço público (7% do total), reduzir o salário mínimo e aumentar a idade mínima para a aposentadoria.

Além disso, vai aumentar o imposto sobre o consumo, criar um novo sobre os imóveis e cobrar Imposto de Renda de mais pessoas.

Hoje, está isento do IR aquele que ganha até 18.300 por ano (R$ 42,5 mil). Com o pacote, passa a ser tributado quem recebe 15.300 (R$ 35,5 mil). O total de isentos (45% dos trabalhadores) cairá para 35%.

Também haverá cortes de benefícios e de gastos com saúde e educação.

PACOTE IRLANDÊS

A Irlanda receberá 85 bilhões de euros (R$ 195 bilhões). Mais de 40% desse total, 35 bilhões de euros (R$ 80 bilhões), irá para o país salvar seus bancos, que estão à beira de quebrar.

Nos bancos serão colocados 10 bilhões de euros imediatamente. O restante comporá um fundo de contingência.

O empréstimo à Irlanda é menor que o dado à Grécia em maio (110 bilhões de euros, R$ 252 bilhões).

Do total do pacote, 42 bilhões de euros virão da UE e de empréstimos bilaterais de países do bloco que não fazem parte da zona do euro, como Reino Unido e Suécia.

Outros 22,5 bilhões de euros virão do FMI (Fundo Monetário Internacional).

A própria Irlanda entrará com 17,5 bilhões de euros, provenientes principalmente de sua carteira de pensões.

GRÉCIA

Em maio, a UE e o FMI fecharam um acordo de resgate financeiro de 110 bilhões de euros (R$ 256,3 bilhões), válido por três anos, para salvar a economia da Grécia, que enfrentava o risco de um calote da dívida devido à sua grave situação fiscal.

A terceira parcela do empréstimo é de 9 bilhões de euros (R$ 20,9 bilhões). A Grécia planeja reduzir seu deficit público em 2011 para 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2009, o número chegou a 15,4% do PIB.

Os esforços da Grécia em cortar gastos gerou greves e protestos violentos no país ao longo deste ano. Outros países da zona do euro em grave situação fiscal, como Irlanda e Portugal, são alvos em potencial de novos resgates financeiros.

 

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