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Crise da dívida europeia não deve ser subestimada, diz diretor do FMI
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DA FRANCE PRESSE, EM NOVA DÉLI
O diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, indicou que a situação da crise da dívida que afeta vários países europeus "não deve ser subestimada".
"Não devemos subestimar a importância desta crise, que na Irlanda tem sua origem principalmente no setor bancário", destacou Strauss-Kahn, que se encontrou em Nova Déli com o ministro das Finanças indiano, Pranab Mukherjee.
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"Mas eu acho que a decisão que foi tomada vai resolver os problemas do setor bancário, e a economia irlandesa se recuperará rapidamente", acrescentou.
A UE (União Europeia) aprovou no domingo um plano de resgate de 85 bilhões de euros para ajudar a Irlanda, com a participação do FMI.
Falando para uma plateia de empresários, o diretor do FMI comparou a vitalidade da economia asiática à lenta recuperação da zona do euro, que continua sofrendo os efeitos da crise financeira.
"A crise na Europa continua muito forte", disse Strauss-Kahn.
"A recuperação mundial avança, mas está ainda em fase de emergência e é frágil", destacou, considerando que "em algumas partes do mundo, na Ásia, na América do Sul e em algumas regiões da África, o crescimento é bom".
Na Índia, país que mais cresce depois da China, Strauss-Khan propôs uma reforma radical das grandes instituições financeiras mundiais, indicando que seu sucessor -- e o novo chefe do Bird (Banco Mundial) -- não deveria ser europeu ou americano.
Um acordo tácito, que data da época da criação destas duas entidades internacionais, estabelece que europeus e americanos se revezem em suas respectivas direções.
Strauss-Kahn é francês, e Robert Zoellick, atual presidente do Bird, é americano.
"O chamado acordo entre os Estados Unidos e a Europa, segundo o qual o chefe do FMI é europeu e o presidente do Banco Mundial, americano, acabou", declarou Strauss-Khan, ex-ministro das Finanças da França, que assumiu o cargo no FMI em 2007.
"Acho que seria justo que os próximos líderes das duas instituições venham de outra parte do mundo".
Desde sua fundação, em 1946, os 12 presidentes do Bird foram cidadãos americanos, e os 10 diretores do FMI foram europeus.
Mas o deslocamento do poder econômico para a Ásia, graças a China, Japão e Índia, reforçou as pressões pelo fim deste acordo informal.
No começo de novembro, o conselho administrativo do FMI adotou uma reforma proposta pelo G20, que duplicou seu capital e modificou a divisão de poderes, dando mais peso às economias emergentes e à China.
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