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Lula agradece a deputados por aprovarem partilha dos royalties do pré-sal
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SIMONE IGLESIAS
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
Em discurso na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu à Câmara por aprovar mudança nas regras de distribuição dos royalties do petróleo entre os Estados e municípios.
Lula afirmou que a medida acaba com um problema histórico do Brasil e sinalizou que sancionará o projeto, independentemente da contrariedade de governadores aliados, caso de Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro.
"Meus agradecimentos porque ontem a Câmara aprovou o modelo de partilha que é uma coisa que nós entendemos que seja a melhor forma desse país ser dono de sua riqueza e dela fazer a compensação dos desmandos que nós tivemos durante todo o século 20 e em outros momentos da nossa história", afirmou.
O projeto, que prevê que os royalties e participações especiais da exploração de petróleo sejam agora distribuídos entre todos os Estados e municípios segundo as regras do fundo de participação, deverá ser sancionado dentro de 15 dias.
O texto aprovado prevê ainda que a União compense as perdas bilionárias que Estados e municípios produtores de petróleo, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, teriam com a nova distribuição. Mas a expectativa dos parlamentares da base governista é de que o presidente vete a questão.
PARTILHA E FUNDO SOCIAL
A Câmara aprovou o projeto que muda o modelo de exploração de petróleo do pré-sal de concessão para partilha e cria o fundo social para aplicar os recursos oriundos de sua produção. Os projetos também seguem para sanção do presidente Lula.
O novo modelo de partilha será aplicado na área do pré-sal que ainda não foi leiloada, que equivale a dois terços das reservas já descobertas. Com a mudança, o governo receberá parte da produção em óleo e a Petrobras participará de todos os consórcios com pelo menos 30% e será a única operadora das reservas.
Outros dois projetos do pré-sal, o que permitiu a capitalização da Petrobras e o que criou a PetroSal, já foram aprovados pelo Congresso e sancionados por Lula.
O relator do projeto na Câmara, deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), que não registrava presença na casa desde o dia 4 de agosto, apresentou parecer que manteve a adoção do modelo de partilha e criou o fundo social.
"Se a União compensar financeiramente os Estados produtores, com dinheiro do fundo, então não haverá fundo', disse. Palocci também defendeu no seu relatório a exclusão de destinação obrigatória de 5% do fundo para a Previdência Social. ''Não acho correto pagar a previdência, uma coisa permanente, com recursos finitos. O poço de petróleo seca", afirmou.
O ex-ministro da Fazenda também mudou o trecho o que se referia aos recursos destinados à área da educação. A proposta que saiu do Senado pediu que 50% da arrecadação pela União que seria colocado no caixa do Fundo Social fosse reservado para a área.
A proposta aprovada prevê que 50% dos lucros vão para a área de educação e, dentro deste montante, 80% devem ser investidos em educação básica e infantil. Outras áreas como ciência e tecnologia, esportes, meio ambiente e erradicação da pobreza continuam a integrar a destinação da produção petrolífera, ainda sem definição de porcentagem de quanto cada setor deverá receber.
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