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14/12/2010 - 14h14

Setor aéreo tem lucros recordes em 2010 e prevê um 2011 mais difícil

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DA FRANCE PRESSE, EM GENEBRA

O setor aéreo registrará em 2010 um lucro recorde de US$ 15,1 bilhões graças à melhoria da situação econômica mundial, mas 2011 se anuncia mais difícil, segundo previsões publicadas nesta terça-feira pela Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).

A estimativa de US$ 15,1 bilhões de lucros para este ano é muito superior a de três meses atrás, quando a Iata previa que os ganhos do setor totalizariam US$ 8,9 bilhões.

"Aumentamos nossas previsões de lucros para a indústria aérea por causa de uma sólida recuperação das rendas e uma sensível melhora no uso das capacidades dos aviões", explicou a Iata.

"É um recorde, calculado em dólares", destacou seu economista-chefe, Brian Pearce, na apresentação anual dos resultados na sede da entidade, em Genebra.

"Esse resultado é sem dúvida uma boa notícia para uma indústria que perdeu US$ 51 bilhões entre 2001 e 2009", comemorou Giovanni Bisignani, presidente desta associação de 230 companhias aéreas que asseguram 93% do tráfego comercial.

Mesmo assim, o setor enfrenta inúmeros desafios, começando por suas frágeis margens de lucro, destacou.

Prova disso, é que as rendas do setor aéreo aumentarão em 2010 a US$ 565 bilhões, mas seus lucros líquidos representarão apenas 2,7% dessa soma.

"Se as companhias aéreas fossem organizações de caridade, seria um resultado magnífico. Mas tratando-se de negócios, significa que continuamos sendo claramente um setor doente", afirmou Bisignani.

E, em 2011, advertiu, o setor terá de enfrentar condições mais difíceis.

Segundo as projeções da Iata, os lucros líquidos de 2011 serão muito menos brilhantes que em 2010, pois totalizarão US$ 9,1 bilhões.

Isso se deve, em primeiro lugar, ao fato de que a recuperação econômica fará uma pausa em 2011.

Além disso, o barril de petróleo deverá ser cotado em 2011 a uma média de US$ 84, frente aos US$ 79 deste ano. Pesarão também nos resultados as taxas impostas às companhias aéreas e a fragilidade da economia europeia, de acordo com o diretor.

Os bons resultados se devem e continuarão se devendo principalmente à Ásia, onde os lucros de 2010 (US$ 7,7 bilhões) representarão mais da metade do total deste ano e a metade dos de 2011 (US$ 4,6 bilhões). E, dentro da Ásia, a China é o principal motor do crescimento.

"Tradicionalmente, nosso maior mercado era a América do Norte, mas já em 2009, cerca de 655 milhões de passageiros se deslocaram na América do Norte e 662 milhões na Ásia".

Essa tendência deve confirmar-se nos próximos anos. "A maior parte do nosso crescimento será na zona asiática, onde está se vivendo uma rápida expansão das classes médias", explicou.

A Europa é, em compensação, uma causa de decepção, com um lucro de US$ 400 milhões em 2010, uma soma que, para Bisgnani, representa apenas "migalhas".

 

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