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CVM pune ex-administradores da Sadia em R$ 2,6 mi por operações com dólar
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DO RIO
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) puniu 10 administradores da Sadia e absolveu outros quatro que participavam da gestão da empresa na época em que foram adotadas operações com derivativos cambiais que deram prejuízo de quase R$ 2,5 bilhões à empresa.
As multas aplicadas pela autarquia aos membros do Conselho de Administração somaram R$ 2,6 milhões.
O diretor financeiro da Sadia na época, Adriano Ferreira, foi inabilitado por três anos a exercer cargos administrativos.
Em seu voto, o relator Alexsandro Broedel Lopes disse que Ferreira permitiu operações acima do limite de risco da companhia.
Foram absolvidos Alcides Tápias, ex-ministro do Desenvolvimento de 1999 a 2001, o ex-presidente do BB (Banco do Brasil), Cássio Casseb,, além de Roberto Faldini e Marcelo Fontana. A comissão julgadora considerou que esses integrantes do Conselho de Administração não tiveram influência na decisão de usar as operações com derivativos, por terem entrado ou saído pouco antes de as operações serem feitas.
Quatro conselheiros foram condenados a pagar multa de R$ 400 mil --Walter Fontana Filho, Francisco Silvério Morales Céspede, Everaldo Nigro dos Santos e José Marcos Konder Comparato. Além do Conselho de Administração, eles faziam parte do comitê financeiro da Sadia.
Outros cinco conselheiros receberam multa de R$ 200 mil, entre eles Diva Helena Furlan, irmã do ex-ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, cuja família era uma das controladoras da Sadia. Também receberam a mesma punição Eduardo Fontana D'Ávila, Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, Norberto Fatio e Vicente Falconi Campos.
O aporte nesse tipo de derivativo tem como objetivo proteger as empresas exportadoras de uma possível desvalorização do dólar. A Sadia, no entanto, comprou derivativos acima das necessidades operacionais, já que vinha tendo ganhos com o dólar baixo. Foi por ter feito operações acima do limite que a CVM puniu os gestores, e não simplesmente pela operação com derivativos.
Com a crise econômica e a disparada do dólar, a companhia teve um grande rombo financeiro, que ameaçou a continuidade das operações da companhia.
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