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15/12/2010 - 07h46

Agência coloca Espanha em revisão para possível rebaixamento

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE SÃO PAULO

A agência de classificação de risco Moody's disse nesta quarta-feira que colocou a Espanha em revisão para uma possível redução na avaliação de crédito, devido às elevadas necessidades de financiamento do país, dúvidas sobre seu setor bancário e preocupações sobre as finanças regionais.

"A Moody's não acredita que a solvência da Espanha esteja sob ameaça e, sob seu cenário-base, não espera que o governo da Espanha tenha que pedir um aporte de liquidez do EFSF (fundo da zona do euro)", disse a analista-chefe da Moody's na Espanha, Kathrin Muehlbronner, em comunicado.

"No entanto, os requerimentos significativos de financiamento da Espanha, não apenas para o governo soberano mas também para os governos regionais e os bancos, tornam o país suscetível a novos episódios de estresse no financiamento."

As outras agências, Standard and Poor's e Fitch, também retiraram a nota máxima da Espanha, que, no entanto, continua bem avaliada.

CRISE

A Espanha vive expectativas negativas em relação a uma crise de dívida pública, que descontrola todo o setor financeiro, que sofre, como toda a Europa, com a falta de fiscalização dos bancos. Basicamente, o rombo estatal é derivado da ajuda a grandes bancos e de uma bolha imobiliária.

Essa situação, aliada às dificuldades da Grécia, Irlanda, Portugal e Hungria traz ao cenário europeu uma grande possibilidade de contágio econômico maior na zona do euro. A crise dos quatro países, conhecidos como Pigs (Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha, pela inicial de seus nomes em inglês e em oposição às economia emergentes do Bric) parece iminente.

O desemprego aumentou 0,6% na Espanha em novembro, segundo divulgação do Ministério do Trabalho no começo de dezembro. O percentual representa 24.318 desempregados. No total, o país tem hoje 4,110 milhões de desocupados.

Em outubro, a Espanha tinha 4,085 milhões de desempregados. Apesar da alta, este é o menor aumento em 12 anos.

No dia 2 de dezembro, o chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou um pacote de medidas para enfrentar a crise que incluem a eliminação do subsídio mínimo por desemprego e a adoção de ajudas às pequenas e médias empresas ('pymes').

"O governo vai adotar na próxima sexta-feira um pacote de medidas para favorecer o investimento econômico e o emprego, que vão favorecer especialmente as 'pymes', pequenas e médias empresas muito afetadas pela crise", afirmou.

O subsídio mínimo por desemprego de 426 euros (US$ 556,57) mensais aprovado durante a crise para aqueles que esgotaram a possibilidade de receber o seguro-desemprego, que tem duração máxima de dois anos, não estará mais em vigor, segundo o premiê socialista.

 

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