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21/12/2010 - 10h50

BC aumenta previsão de deficit recorde nas contas externas em 2011

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EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

O Brasil deve registrar em 2011 um novo recorde negativo nas suas transações com o exterior, segundo previsão do Banco Central. O deficit deve chegar a US$ 64 bilhões, o maior valor da série iniciada em 1947. Há três meses, o BC estimava um resultado negativo de US$ 60 bilhões.

Na comparação com o PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país), o resultado de 2,85% será o maior desde 2001, quando estava em 4,2%.

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As contas externas do país vêm sendo influenciadas pelo aumento das importações, das remessas de lucros e dividendos e dos gastos com serviços, principalmente transportes, aluguel de equipamentos e turismo no exterior.

A balança comercial, por exemplo, deve fechar 2011 com o pior saldo em dez anos. Foi mantida a previsão de um resultado positivo de US$ 11 bilhões. O BC revisou para cima, em US$ 5 bilhões, tanto as exportações (US$ 235 bilhões) como as importações (US$ 224 bilhões).

A instituição elevou as previsões de gastos com juros (US$ 10,6 bilhões), viagens (US$ 12 bilhões) e de outras despesas com serviços e rendas (US$ 22,4 bilhões). Reduziu, no entanto, a estimativa de remessas de lucros de US$ 36 bilhões para US$ 30 bilhões.

Para 2010, o BC manteve a previsão de um deficit também recorde de US$ 49 bilhões nas transações correntes. Na comparação com o PIB, no entanto, caiu de 2,49% para 2,41%, devido ao crescimento maior da economia.

O BC avalia que o nível atual do deficit externo não pode ser considerado "explosivo", por estar ligado ao fato de o Brasil estar crescendo e consumindo em ritmo mais forte que o verificado em outros países.

Além disso, ao contrário do que era verificado no início da década, o resultado das contas externas está sendo acompanhado por aumento nos investimentos estrangeiros que financiam esse deficit.

A instituição aumentou a previsão de investimentos estrangeiros diretos neste ano de US$ 30 bilhões para US$ 38 bilhões. Para 2011, ficou em US$ 45 bilhões.

Para as compras de ações e títulos públicos, as previsões subiram de US$ 38 bilhões para US$ 51,3 bilhões (2010) e de US$ 36 bilhões para US$ 40 bilhões (2011).

 

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