Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/12/2010 - 17h11

Bancos preveem alta dos juros e crescimento de 4,5% em 2011

Publicidade

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

A piora do cenário de inflação nos últimos meses deve fazer com que o Banco Central volte a elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic --atualmente em 10,75% ao ano-- em 2011. A previsão faz parte do Relatório de Projeções e Expectativas da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), divulgada nesta terça-feira.

Esse aumento da taxa, combinado às medidas de restrição ao crédito anunciadas recentemente e uma política fiscal mais rígida no próximo ano, fará com que o ritmo de crescimento da economia se reduza de 7,5% em 2010 para 4,5% no ano seguinte, apontam os analistas ouvidos pela pesquisa.

"Além desses fatores, a base de comparação mais alta ajuda a reduzir o percentual para 2011", afirmou o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg. "Ainda assim, esse desempenho [4,5%] é muito positivo, muito favorável."

De acordo com a pesquisa, o resultado deve se repetir em 2012.

As projeções dos bancos brasileiros apontam ainda que a inflação deve fechar o próximo ano novamente acima do centro da meta do governo, de 4,5%. A expectativa é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) termine 2011 em 5,2%, ante 5,6% neste ano. Para 2012, a previsão é de 4,5%.

Para controlar o aumento de preços, as instituições financeiras esperam que o Copom (Comitê de Política Monetária) volte a elevar a Selic no ano que vem, mesmo após as medidas anunciadas pelo BC para restringir o crescimento do crédito no país.

A previsão é que a taxa de juros termine 2011 em 12,25% ao ano, caindo para 11% em 2012. "O cenário é de uma economia crescendo menos, mas ainda bastante, um quadro de inflação um pouco pior e um aumento de juros mesmo após as medidas do BC", disse Sardenberg.

A pesquisa aponta ainda que o aumento das importações no país vai reduzir o superavit da balança comercial no ano que vem. A expectativa é que o saldo caia de cerca de US$ 17 bilhões neste ano para US$ 7,8 bilhões em 2011.

CRÉDITO

As ações anunciadas pelo BC, dizem os bancos, devem impactar a taxa de crescimento das operações de crédito no país no ano que vem. A pesquisa de novembro apontava para uma alta de 18,5%, que foi reduzida para 17,8% no levantamento de dezembro --ou seja, após a divulgação das medidas.

"Houve uma redução nas expectativas, moderada, mas houve. O mercado considera que o crédito vai crescer menos, o que já vinha acontecendo, mas isso foi reforçado pelas medidas", afirmou o economista-chefe da Febraban. Neste ano, o aumento deve ficar em torno de 20%.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página