Publicidade
Publicidade
Bancos preveem alta dos juros e crescimento de 4,5% em 2011
Publicidade
GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO
A piora do cenário de inflação nos últimos meses deve fazer com que o Banco Central volte a elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic --atualmente em 10,75% ao ano-- em 2011. A previsão faz parte do Relatório de Projeções e Expectativas da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), divulgada nesta terça-feira.
Esse aumento da taxa, combinado às medidas de restrição ao crédito anunciadas recentemente e uma política fiscal mais rígida no próximo ano, fará com que o ritmo de crescimento da economia se reduza de 7,5% em 2010 para 4,5% no ano seguinte, apontam os analistas ouvidos pela pesquisa.
"Além desses fatores, a base de comparação mais alta ajuda a reduzir o percentual para 2011", afirmou o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg. "Ainda assim, esse desempenho [4,5%] é muito positivo, muito favorável."
De acordo com a pesquisa, o resultado deve se repetir em 2012.
As projeções dos bancos brasileiros apontam ainda que a inflação deve fechar o próximo ano novamente acima do centro da meta do governo, de 4,5%. A expectativa é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) termine 2011 em 5,2%, ante 5,6% neste ano. Para 2012, a previsão é de 4,5%.
Para controlar o aumento de preços, as instituições financeiras esperam que o Copom (Comitê de Política Monetária) volte a elevar a Selic no ano que vem, mesmo após as medidas anunciadas pelo BC para restringir o crescimento do crédito no país.
A previsão é que a taxa de juros termine 2011 em 12,25% ao ano, caindo para 11% em 2012. "O cenário é de uma economia crescendo menos, mas ainda bastante, um quadro de inflação um pouco pior e um aumento de juros mesmo após as medidas do BC", disse Sardenberg.
A pesquisa aponta ainda que o aumento das importações no país vai reduzir o superavit da balança comercial no ano que vem. A expectativa é que o saldo caia de cerca de US$ 17 bilhões neste ano para US$ 7,8 bilhões em 2011.
CRÉDITO
As ações anunciadas pelo BC, dizem os bancos, devem impactar a taxa de crescimento das operações de crédito no país no ano que vem. A pesquisa de novembro apontava para uma alta de 18,5%, que foi reduzida para 17,8% no levantamento de dezembro --ou seja, após a divulgação das medidas.
"Houve uma redução nas expectativas, moderada, mas houve. O mercado considera que o crédito vai crescer menos, o que já vinha acontecendo, mas isso foi reforçado pelas medidas", afirmou o economista-chefe da Febraban. Neste ano, o aumento deve ficar em torno de 20%.
+ canais
+ sobre a economia brasileira
- Prévia da inflação oficial, IPCA-15 fecha o ano com alta acumulada de 5,8%
- Expectativa de alta dos juros reduziu emissões da dívida pública em novembro
- Dívida pública federal cresce 1,3% para R$ 1,7 trilhão em novembro
+ notícias de Mercado
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice