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28/12/2010 - 08h46

Zona portuária do Rio deve receber R$ 5 bi em investimentos para revitalização

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VERENA FORNETTI
DE SÃO PAULO
CIRILO JUNIOR
DO RIO

Primeiro, foram-se as indústrias. Em seguida, os trabalhadores.

Como consequência, a zona portuária do Rio, que já teve fábricas como a da centenária Confeitaria Colombo e o Moinho Inglês, tornou-se área abandonada, com população decrescente, calçadas e prédios esburacados e enchentes constantes.

Para recuperar a região -- nos bairros ao redor vivem cerca de 22 mil pessoas --, a prefeitura quer atrair moradores, empresas, museus, prédios e ampla oferta de serviços com investimentos de pelo menos R$ 5 bilhões.

Em uma cidade que sofre com a falta de terrenos disponíveis para a construção de grandes empreendimentos residenciais e comerciais, o projeto do "Porto Maravilha" anima os empresários. A área tornou-se a aposta para o surgimento de um novo polo de negócios na capital.

Os investimentos para revitalizar a região portuária começam a sair do papel.

A área será um dos eixos da Olimpíada-2016. Lá, ficarão a vila de mídia e de árbitros, além de transatlânticos ancorados no porto que hospedarão milhares de turistas.

Editoria de Arte / Folhapress
A Geografia da mudanças parte 2
A Geografia da mudanças parte 2

No embalo da expansão da região, o porto do Rio vai ampliar sua capacidade para receber navios. Em quatro anos será investido R$ 1,6 bilhão, o que permitirá que o fluxo de turistas dobre. Hoje, passam por ali 600 mil pessoas por temporada.

Próximo ao porto, estarão grandes projetos arquitetônicos, como o aquário AquaRio, que deve ser inaugurado em dois anos, e o Museu do Amanhã, dedicado à ideia de sustentabilidade.

"Queremos trazer a cidade para o entorno do porto", disse o ministro Pedro Brito, da secretaria especial de Portos, em evento na cidade que apresentava os projetos para os eventos esportivos.

A estimativa é que os bairros na área do porto passem a ter capacidade de receber 100 mil moradores.

Praças e áreas verdes devem ser ampliadas. A região do porto, que engloba a rua Larga, tradicional centro de comércio e que está perto da Central do Brasil, é uma região pela qual as pessoas passam, mas não ficam. A meta é que isso possa mudar.

PRIMEIRAS OBRAS

As primeiras obras, orçadas em R$ 350 milhões, já foram iniciadas. O plano mais ambicioso, porém, só começou a ganhar forma há pouco, com a escolha do consórcio Porto Novo, formado pelas construtoras Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia, para fazer as obras de urbanização e infraestrutura.

A partir de janeiro, uma via será implementada sob a avenida Rodrigues Alves, que dá acesso ao porto, substituindo o elevado da Perimetral, que será demolido no trecho entre a rodoviária e o Mosteiro de São Bento.

Ao mesmo tempo, espera-se que diversas empresas se instalem na região. A operadora de telefonia GVT investiu R$ 5 milhões na reforma de um galpão de 4.700 m2, onde montou sua sede no Rio. A prefeitura está concedendo incentivos fiscais para que outras empresas se encaminhem para a região.

 

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