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Citi volta ao ramo de cartões dois anos após vender Redecard
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TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Fundador da Redecard, a segunda maior empresa de cartões, o Citibank brasileiro saiu e retornou ao mercado de credenciamento de cartões em menos de dois anos.
Nesse período, o setor mudou completamente: deixou de ser um duopólio e abriu-se à entrada de novos competidores.
Segundo Gustavo Marin, presidente do Citi, o banco vendeu a participação enquanto a Redecard ainda gozava da posição duopolista. O banco obteve R$ 2,213 bilhões em março de 2009 com a venda de 17% das ações da empresa na Bolsa.
No início do mês, o Citi anunciou a volta ao setor por meio de parceria com a americana Elavon, maior credenciadora de empresas aéreas do mundo.
"Nós achamos naquele momento [venda da Redecard] que tínhamos uma oportunidade de capturar um valor muito grande no negócio. Um valor determinado por condições de mercado que não iriam durar muito tempo. Era muito diferente do que acontecia no resto do mundo."
Com a Elavon, o Citi pretende conquistar 15% do mercado de credenciamento em cinco anos. A nova empresa deve entrar em funcionamento no segundo semestre de 2011.
O banco quer aproveitar a especialização no setor de turismo e a posição de mercado da Elavon para atender estrangeiros em viagens ao Brasil.
O Citi está de olho, particularmente, nos negócios que virão ao país com a Copa do Mundo de 2014 e com a Olimpíada de 2016.
"O que mudou foi o marco regulatório. Foi liberalizado esse mercado e as exclusividades foram eliminadas. Isso permitiu novamente a nossa entrada em um negócio que a gente já conhecia bem."
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