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20/01/2011 - 18h35

Bovespa cai 0,71%; China e balanços dos EUA azedam humor dos investidores

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DE SÃO PAULO

A China é um fantasma que tem assombrado os mercados financeiros há meses. As maiores Bolsas de Valores mundiais deram prova disso na repercussão negativa aos indicadores de forte crescimento do gigante asiático no passado. Investidores também reagiram mal a nova rodada de balanços nos EUA.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocedeu 0,71%, aos 69.561 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,40 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, perde 0,15%, pouco antes do encerramento das operações.

A ação preferencial da Vale movimentou mais de R$ 1 bilhão em negócios, tendo uma desvalorização de 1%. A mineradora tem na China um dos fregueses mais importantes.

Também se destacou entre as perdas mais representativas do dia os papéis do setor bancário, a exemplo do Itaú-Unibanco (baixa de 2,4%), Santander (recuo de 3%) e Bradesco (decréscimo de 1,8%). Analistas avaliam que, para conter a alta da inflação, o governo pode lançar mais medidas para contenção do crédito.

O setor financeiro nos EUA também é alvo de pessimismo, revertendo as expectativas inicialmente positivas para a temporada de balanços. "O mercado está temeroso em relação aos bancos [nos EUA] e isso deve ter impacto nos negócios aqui na Bovespa", comenta Alan Oliveira, da Futura Investimentos.

O dólar comercial´ foi cotado por R$ 1,672, em queda de 0,05%. A taxa de risco-país marca 168 pontos, número 2,32% abaixo da pontuação anterior.

Na madrugada de hoje, o governo chinês reportou indicadores que vieram acima das projeções do mercado: o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 10,3%, enquanto o IPC (índice de inflação) teve alta de 3,3%. As vendas do varejo aumentaram 18,4%, enquanto a produção industrial mostrou incremento de 15,7%.

Os números mostram um aquecimento da economia superior ao previsto pelo governo, que projetava uma inflação de 3%.

Pequim tem reiteradamente mostrado preocupação com o nível de aquecimento da economia e a alta dos preços internos. Por esse motivo, lançou várias medidas desde o início do ano passado, pelo menos, para combater a inflação, e que tiveram reações negativas nos mercados financeiros.

Devido ao tamanho de sua economia, e ao ritmo acelerado de crescimento, o gigante asiático é uma das 'locomotivas' do planeta, num contexto em que os grandes países desenvolvidos ainda lutam para sair do atoleiro da recessão. Por esse motivo, quando Pequim aumenta a 'dose' de medidas restritivas, as Bolsas não reagem favoravelmente.

Nos EUA, o Departamento de Trabalho informou que o número de solicitações iniciais de seguro-desemprego foi de 404 mil até a semana passada, em uma redução de 37 mil unidades em relação à cifra anterior. O mercado estimava um número em torno de 420 mil.

Duas pesquisas privadas também mostraram resultados mais positivos do que o previsto por analistas. A venda de casas usadas aumentou 12,3% em dezembro (economistas projetavam um incremento de 4%), e o Índice de Indicadores Antecedentes avançou 1%, quando muitos estimavam uma variação de apenas 0,6%. Esse indicador é um compósito de estatísticas econômicas, que busca antecipar as tendências dos próximos meses.

No front corporativo, os investidores não reagiram bem aos resultados do banco Morgan Stanley. A instituição reportou lucro líquido de US$ 600 milhões no quarto trimestre, ou US$ 0,41 por ação, ante US$ 376 milhões, ou US$ 0,29 por ação, um ano antes. Descontando fatores excepcionais nessas cifras, no entanto, o lucro por ação foi de US$ 0,26, abaixo das projeções de US$ 0,35 feita por analistas do mercado financeiro.

BRASIL

Ontem à noite, o Copom (Comitê de Política Monetária) ajustou a taxa básica de juros de 10,75% ao ano para 11,25%, em linha com as expectativas do setor financeiro. Analistas acreditam que a Selic deve encerrar o ano acima de 12%.

 

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