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07/02/2011 - 08h56

Hotéis atingem pico de ocupação em São Paulo

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MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

Após anos de oferta excedente, o mercado hoteleiro de São Paulo se recuperou e atingiu picos de ocupação em alguns meses de 2010.

Com isso, investidores voltam a mostrar interesse em comprar hotéis prontos e terrenos para construção. No entanto, a valorização imobiliária inflacionou os preços e está dificultando a concretização dos negócios.

Além disso, outro fator que dificulta as negociações de compra de hotéis em São Paulo é que muitos deles são flats e, por isso, sua posse é pulverizada entre vários proprietários.

"Tem havido muita procura de fundos para comprar hotéis econômicos e "midscale" [intermediários] com mais de 200 quartos, mas não há propriedades à venda", observa Bruno Omori, presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo).

Segundo Caio Calfat, coordenador do núcleo hoteleiro do Secovi-SP (sindicato da habitação), São Paulo viveu um boom de construção de flats entre 1994 e 2002.

A oferta de quartos passou de cerca de 11 mil para mais de 50 mil, e o resultado foi uma queda brutal nas taxas de ocupação, afirma.

Em 2003, o pior ano, São Paulo teve 26% de taxa de ocupação. No ano passado, esse número fechou em 68,5%, sendo que em alguns períodos de outubro e novembro a média passou de 90%, de acordo com a SPturis (São Paulo Turismo).

REGIÕES COM DEMANDA

Hoje, na zona sul, durante a semana, a ocupação já chega a 100%. Calfat vê carência de hotéis de duas e três estrelas em bairros como Mooca, Limão e* Jabaquara, mas afirma que grupos nacionais e estrangeiros querem comprar em áreas valorizadas, onde não há oferta. "Não tem hotel em construção em São Paulo desde 2002", disse.

José Ernesto Marino Neto, presidente da consultoria e gestora hoteleira BSH International, observa: "O mercado está muito parado. Entre o plano (dos investidores) e a realidade há uma distância".

Para Marino, o principal motivador dos investidores não tem sido a Copa, mas sim o turismo de negócios.

Omori concorda: "Se a abertura da Copa for no Itaquerão, pode estimular a construção na região, onde não há hotéis atualmente. Mas o investimento depende da viabilidade financeira após o evento. Seria preciso haver estímulos para que centros comercias e industrias se instalem na região".

A projeção da ABIH-SP é que a oferta de quartos cresça em 2.500 até 2014 e depois algo entre 5.000 e 8.000 até 2020. Hoje há entre 44 mil e 45 mil.

 

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