Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/02/2011 - 08h03

Fundos de ações podem dar lucro até na queda da Bolsa

Publicidade

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

Após um ano de grande instabilidade, a Bolsa brasileira começou 2011 dando um novo susto no investidor e acumula queda de 5,12%.

Ganhar dinheiro com ações (ou apenas evitar perdas) nesse cenário fica mais difícil, mas não impossível.

Quem não sabe muito sobre o mercado acionário pode optar por fundos de investimento que, através de operações mais complexas, protegem contra perdas ou buscam rentabilidade mesmo com a Bolsa em queda.

São os fundos que fazem arbitragem com ações -- conhecidos como "long and short" (de "comprar" e "vender" em inglês) -- ou os de capital protegido, que garantem no mínimo o retorno integral do dinheiro investido.

"Investi num fundo de capital protegido porque ainda não tenho muito conhecimento sobre o mercado. Não estou preocupado com essa queda da Bolsa", conta o advogado Wesley Duarte.

"LONG AND SHORT"

Os fundos "long and short" investem parte do patrimônio em renda fixa (títulos públicos) e, com o restante, montam estratégias de arbitragem de ações, baseadas em estatísticas e nos fundamentos econômicos, explica Eduardo Favrin, da HSBC Global Asset Management.

Geralmente, esses fundos compram papéis que estão em tendência de alta e, por outro lado, alugam e vendem ações que estão caindo. Depois, é preciso recomprar essas ações para devolver ao investidor que as alugou.

O fundo terá ganho em três cenários: 1) se os papéis comprados realmente subirem e os vendidos recuarem; 2) se o papéis comprados caírem menos que os vendidos; 3) se os papéis comprados subirem mais do que os vendidos.

As estratégias dos fundos mudam de acordo com o cenário, ressalta Alexandre Silvério, do Santander.

Por exemplo, atualmente, o fundo "long-short" do banco aposta na queda das ações de varejistas (afetadas pelas medidas anti-inflação do governo) e na valorização (ou queda menor) dos papéis do setor de commoditties, energia e concessão de rodovias.

O percentual investido nessas estratégias depende de como está a Bolsa e do regulamento do fundo.

O diretor de renda variável da Bradesco Asset Management, Herculano Aníbal Alves, explica que o fundo "long and short" do banco pode ter até 49% do patrimônio em renda variável. No entanto, quando o mercado fica muito imprevisível, esse número cai para 10% ou 5%, para reduzir os riscos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página