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Indicador de clima econômico no país cai pela 3ª vez, diz FGV
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DE SÃO PAULO
O ICE (Índice de Clima Econômico) da América Latina ficou estável em 5,8 pontos em janeiro, na comparação com o resultado da pesquisa anterior, realizada em outubro. O Brasil aparece na quinta colocação no ranking, com 6,7 pontos, atrás de Chile (8,0), Uruguai (7,9), Paraguai (7,5) e Peru (7,3).
O indicador apresenta a terceira redução no Brasil desde janeiro de 2010, quando alcançou 7,8 pontos. Logo depois, em abril e junho, ficou em 7,3 pontos e registrou uma nova queda em outubro, para 6,8 pontos.
Apenas Bolívia (4,2) e Venezuela (1,8), dentro do conjunto analisado pelo Instituto alemão Ifo e pela FGV, apresentaram índice abaixo de 5 em janeiro, o que aponta percepção de uma situação desfavorável.
O levantamento destaca que, no início deste ano, quando foi realizada a sondagem, um novo governo tomou posse no Brasil. A pequena queda no índice, com as expectativas inalteradas, sugere que os especialistas estão "relativamente neutros", na avaliação do estudo, cuja coleta de dados para a sondagem ocorreu antes do anúncio de cortes orçamentários feito pelo governo em fevereiro.
Considerando todos os países da região, o ISA (Índice da Situação Atual) avançou 0,1 ponto (de 5,8 para 5,9 pontos) e o IE (Índice de Expectativas) recuou na mesma magnitude, ao passar de 5,8 para 5,7 pontos.
Na Argentina (5,0) e no Brasil (5,7), o índice de expectativas ficou igual ao da sondagem anterior. Nos dois países, há uma queda de 0,2 ponto na situação atual. No entanto, o Brasil continua numa situação mais favorável que a Argentina.
INFLAÇÃO E CÂMBIO
Apenas no México, no Uruguai e na Venezuela é esperada uma queda na taxa de inflação. No Brasil, a sondagem previu um aumento de 4,9% para 5,5%.
A pesquisa incluiu ainda uma enquete sobre a guerra cambial e seus desdobramentos. Cerca de 70% dos especialistas em todas as regiões consideraram que essa questão "prenuncia o risco de medidas protecionistas comerciais". Na América Latina, esse tema é avaliado com pesos diferenciados entre os países.
No Brasil, Colômbia, Chile e México, 92% dos entrevistados concordam que existe um risco muito elevado de se adotar este tipo de medida.No outros países, esse percentual cai para 78%.
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