Com conflito na Líbia, Bolsas europeias fecham em forte queda

As Bolsas de Valores da Europa tiveram forte queda nesta segunda-feira, após os conflitos na Líbia alimentarem preocupações sobre o suprimento de energia e reduzirem o apetite por risco do investidor, com as ações italianas entre as mais golpeadas.

O aumento da violência entre manifestantes e o governo do líder autocrático líbio Muammar Gaddafi no fim de semana fizeram as ações europeias recuarem, embora o volume de negócios tenha sido fraco devido ao feriado nos Estados Unidos.

Novas advertências sobre inflação feitas por autoridades do BCE (Banco Central Europeu) somaram-se ao tom negativo, após dados sobre a atividade do setor privado da zona do euro e a confiança empresarial alemã indicarem uma retomada, mas com pressões inflacionárias.

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 fechou em baixa de 1,3%, aos 1.171 pontos, depois de encerrar na sexta-feira em leve queda. No entanto, o indicador continua com alta acumulada de 4,4% neste ano.

O volume de negócios representou 88% da média de 30 dias.

O "otimismo elevado que se acumulou nas últimas semanas" retrocedeu diante das tensões crescentes na Líbia e no Oriente Médio e também de comentários do BCE, disse Tammo Greetfeld, estrategista do UniCredit.

O petróleo do tipo Brent alcançou a máxima em dois anos e meio devido aos conflitos na Líbia, o que desfavoreceu as ações, com o grupo italiano de petróleo e gás natural ENI e a refinaria austríaca OMV prejudicados devido à exposição que têm ao país africano.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,12%, a 6.014 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,41%, para 7.321 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,44%, para 4.097 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 3,59%, para 22.230 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 2,33%, para 10.810 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 2,17%, para 7.855 pontos.