Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/03/2011 - 07h00

Setor privado forma polos industriais em Pernambuco

Publicidade

AGNALDO BRITO
ENVIADO ESPECIAL A SUAPE

A expansão industrial de Pernambuco deve entrar agora na segunda fase: a atração de fornecedores dos projetos-âncoras.

Um dos maiores empreendimentos no Estado, o EAS (Estaleiro Atlântico Sul) negocia a instalação, em Suape, de fornecedores de equipamentos para a montagem de navios-plataforma e navios-sonda usados na perfuração de campos de petróleo.

"Alguns grandes fornecedores internacionais já vieram aqui para observar se o polo naval oferece escala de produção. Acho que, em breve, vamos ver alguns desses fornecedores chegando", diz José Roberto de Moraes, diretor de operações da empresa.

O EAS, associação entre a Queiroz Galvão, a Camargo Corrêa, a PJMR e a sul-coreana Samsung, conseguiu uma carteira que vale hoje US$ 8,1 bilhões.

São 22 navios-petroleiros, sete navios-sonda e o casco da P-55 (plataforma que irá operar no campo de Roncador, na bacia de Campos, no Rio), um pacote todo atrelado aos pedidos de uma só empresa, a Petrobras.

Para o EAS, atrair fornecedores para ampliar o polo naval de Suape pode ajudar o próprio estaleiro a melhorar a performance de construção das embarcações. O plano do estaleiro é reduzir o tempo em que um casco de navio permanece no dique seco.

Hoje, eles demoram até seis meses na instalação. O plano é reduzir o tempo para dois meses. Para isso, o estaleiro terá de montar navios a partir de megablocos. O primeiro petroleiro, o João Cândido (em fase de acabamento), foi montado a partir da junção de 240 blocos.

O Zumbi dos Palmares, atualmente em montagem, será construído a partir de 150 blocos. O terceiro, ainda não batizado, será feito com 30 blocos gigantes, cada um montado fora do dique. A meta do estaleiro é montar um petroleiro unindo apenas 22 partes.

DE VENTO EM POPA

Se as perspectivas para atração de fornecedores do estaleiro são boas, as chances de a Impsa (Indústrias Metalúrgicas Pescarmona) criar o primeiro grande cluster em Suape são maiores ainda. A companhia argentina entrou no negócio de energia eólica há cinco anos. A atividade já responde por 60% das receitas.

O sucesso nos leilões de energia eólica no Brasil garantiu à companhia uma carteira de pedidos de R$ 3 bilhões em aerogeradores.

"A empresa está instalada em Suape há dois anos e já negocia a vinda de pelo menos dois produtores de torres para os aerogeradores e duas empresas de pás (as hélices do gerador)", diz o gerente comercial da empresa, Paulo Ferreira.

Distante cerca de três quilômetros da Impsa, a Petrobras monta uma mega refinaria que terá capacidade de processar 250 mil barris de petróleo por dia. Ao lado da refinaria também é construída uma petroquímica.

A estatal não quis falar sobre o projeto, mas a expectativa em Pernambuco é que a produção de matérias-primas petroquímicas viabilize um polo têxtil na região, com indústrias para fabricação da fibra, do tecido e, quem sabe, confecções.

Outra promessa é a formação de um novo polo automotivo no Nordeste, com a instalação da Fiat até 2014, segundo previsão da própria montadora.

A unidade terá capacidade para 200 mil veículos e a previsão é a de que, por isso, constitua um novo parque de autopeças.

DanielMarenco/Folhapress
Vista do canal de acesso de navios ao Porto de Suape
Vista do canal de acesso de navios ao Porto de Suape
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página