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18/03/2011 - 19h25

Consórcio de Jirau recua e não há mais prazo para retomar obra

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DE SÃO PAULO

O consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pelas construção da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, informou na noite desta sexta-feira que as obras não serão retomadas na segunda-feira, como havia declarado mais cedo.

Justiça instala vara trabalhista itinerante em Jirau

As obras foram paralisadas nesta semana por conta de tumultos no canteiro da usina. O tumulto em Jirau gerou também a paralisação, nesta sexta-feira, das obras vizinhas da usina de Santo Antônio.

Somadas, as duas usinas terão potência instalada de 6.450 MW (megawatts), cerca de metade da capacidade da usina de Itaipu, na divisa do Brasil com o Paraguai.

Ainda não se sabe oficialmente o que causou a rebelião, mas suspeita-se de que teria começado na noite de quarta-feira, em Jirau, depois que um operário se desentendeu com o motorista que faz o transporte dos funcionários. Iniciou-se, então, uma onda de violência.

ALOJAMENTOS

O presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, relatou que 70% dos alojamentos da margem direita do rio Madeira foram incendiados.

Segundo Paranhos, o sindicato dos trabalhadores das obras do Madeira não apresentou uma pauta de reivindicações e nega que os tumultos tenham sido causados por questões trabalhistas.

"A grande questão é que a gente teve uma reunião com o sindicato da construção civil e eles dizem que não tem nada a ver com isso. Eles não tinham nenhuma reivindicação", disse Paranhos à Reuters, por telefone.

O executivo afirmou que as causas do tumulto precisam ser investigadas pelas autoridades.

Enquanto isso, cerca de 5.000 operários de Jirau que não têm onde dormir no canteiro nem em Porto Velho foram deslocados para suas cidades de origem, segundo o prefeito da capital de Rondônia, Roberto Sobrinho (PT).

"Outra parte dos trabalhadores deve ficar na margem esquerda do rio [onde os alojamentos não foram queimados]", disse o prefeito.

Sobrinho tem dúvidas se a origem da rebelião foi uma simples briga e teme que possa haver alguma organização por trás do incidente.

"Não acredito que uma briga entre duas pessoas possa ter proporcionado um levante da ordem do que aconteceu por lá. Não é algo espontâneo. Tem pessoas bem organizadas", declarou Sobrinho.

As obras das usinas de Santo Antônio e Jirau empregam mais de 40 mil pessoas em Rondônia e vêm sendo responsáveis por um forte crescimento da economia no Estado.

Os projetos do rio Madeira marcam o início do maior aproveitamento hidrelétrico dos rios amazônicos. A energia, contudo, não ficará na região. O plano do governo é levar a maior parte dessa energia para os centros de consumo na região Sudeste, por meio da construção de um novo sistema de transmissão de 2,3 mil quilômetros.

Com a Reuters

 

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