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EUA se interessam por segurança para exploração de águas profundas
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JANAINA LAGE
DO RIO
A segurança na exploração de petróleo em águas profundas e o melhor aproveitamento do mercado de biocombustíveis foram os dois pontos discutidos durante a visita do secretário do Interior norte-americano, Ken Salazar, ao Brasil.
Na primeira visita de um secretário americano ao país depois da passagem do presidente Barack Obama, Salazar se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e com empresários ligados ao setor de petróleo. Do Rio de Janeiro, Salazar seguirá para o México.
Quase um ano depois do desastre ambiental no golfo do México, com o vazamento de petróleo em uma instalação da BP, Salazar afirmou, em palestra nesta sexta-feira a empresários que os EUA aprenderam que o avanço da tecnologia de exploração em águas cada vez mais profundas precisa ser acompanhado pelo desenvolvimento de soluções de segurança para estes ambientes.
O acidente ambiental mostrou também, segundo Salazar, que era necessário investir mais na regulação do setor. No ano passado, o país suspendeu a exploração de petróleo em águas profundas. No mês passado, o governo liberou a perfuração de alguns poços, mas estima que somente em 2012 venda novos blocos de óleo e gás no golfo do México.
Salazar ressaltou que a exploração de petróleo continua a desempenhar um papel importante na matriz energética americana, mas que as exigências de segurança ambiental e do trabalhador se tornaram mais rígidas.
O secretário destacou que o Brasil é referência na extração de petróleo em áreas profundas e que tem conhecimento sobre como lidar com os desafios envolvidos nesse tipo de exploração. Questionado sobre os riscos ambientais da exploração de petróleo na camada pré-sal, afirmou que não tem dúvida de que o Brasil não quer repetir os problemas do golfo do México.
Segundo Salazar, o desastre ambiental do ano passado funcionou como um sinal de alerta para a indústria, que aumentou sua preocupação com fatores como procedimentos de segurança, contenções de vazamento e segurança dos trabalhadores.
Salazar destacou o interesse do governo americano em aumentar os investimentos em biocombustíveis e principalmente nas pesquisas sobre novas matérias-primas, além do milho, para servir como base de fabricação destes combustíveis.
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