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Dólar recua para agosto de 2008, a R$ 1,60 no fechamento
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DE SÃO PAULO
Atualizado às 17h16.
A taxa de câmbio doméstica atingiu um novo piso neste ano, recuando para os preços equivalentes ao início de agosto de 2008.
Após os últimos ajustes, o dólar comercial foi cotado por R$ 1,609, em queda de 0,18%, nas últimas operações desta segunda-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,620 e R$ 1,606. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,730 para venda e R$ 1,580 para compra.
O Banco Central comprou dólares por duas vezes, em horários já reconhecidos pelo mercado --por volta das 12h30 (hora de Brasília) e 15h50, em que aceitou ofertas por R$ 1,6150 e R$ 1,6095. Nesta quarta-feira, o BC deve atualizar as cifras do fluxo cambial do país bem como o montante de suas intervenções, até a semana passada.
Em um dia de poucos indicadores de peso, destacaram-se duas notícias. O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, apontou que a maioria dos economistas do setor financeiro elevou suas projeções para a inflação deste ano --o IPCA previsto passou de 6% para 6,02%. Trata-se da quarta semana de ajuste para cima dessa previsão. Para 2012, a projeção também foi elevada --de 4,91% para 5,00%.
E a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota soberana de crédito do Brasil de BBB- para BBB, a primeira elevação desde maio de 2008, quando a Fitch reconheceu o Brasil como grau de investimento ("selo" para países ou empresas com menor probabilidade de calote).
O ministro Guido Mantega (Fazenda) comentou que é melhor ter um "problema de excesso de dólares" do que falta, sem descartar novas medidas para conter a entrada de moeda estrangeira no país.
"Quanto mais sólida a economia brasileira fica, mais ela tende a atrair investimentos externos e dólares, o que nesse momento é um certo problema. O governo vai continuar fazendo medidas para conter o excesso de dólares", afirmou ele, em Brasília.
Os agentes financeiros, no entanto, mostram ceticismo a respeito de uma nova rodada de ações do governo para regular a desvalorização cambial. Especialistas do segmento de câmbio atribuem a essa percepção a queda acentuada das taxas de câmbio nas últimas semanas do mês passado, principalmente.
JUROS FUTUROS
As taxas projetadas no mercado futuro ficaram praticamente estáveis nos contratos mais negociados.
No contrato para julho, a taxa prevista passou de 11,92% ao ano para 11,96%; para janeiro de 2012, a taxa projetada variou de 12,15% para 12,16%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista foi mantida em 12,64%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
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