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Ações dos bancos portugueses disparam após pedido de ajuda
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DA EFE, EM LISBOA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
As ações dos quatro bancos portugueses que cotam na Bolsa de Valores de Lisboa dispararam no início da sessão desta quinta-feira, depois de o país ter anunciado na quarta que finalmente recorrerá à ajuda externa.
Às 4h10 de Brasília, os papéis do Banco Português de Investimentos (BIS) avançavam 6,16%, seguidos de perto pelas ações do Banco Espírito Santo (BES), que subiam 5,89%.
A mesma tendência de alta foi registrada pelos títulos do Banco Comercial Português (BCP), que ganhava 5,30%, e pelos do Banif, com aumento de 3%.
O indicador principal da Bolsa de Lisboa, o PSI-20, subia 1,49% logo após o início da sessão, com as ações de suas 20 empresas avançando.
Esses ganhos acontecem na primeira jornada da Bolsa depois de o primeiro-ministro português, o socialista José Sócrates --que exerce seu cargo interinamente após renunciar em 23 de março--, ter comunicado oficialmente que Portugal pediu ajuda à Comissão Europeia devido aos problemas do país para ter acesso a financiamento.
O pedido chega após protestos em diversas cidades do país pedindo por novas políticas econômicas e depois de o próprio premiê renunciar ao cargo, no dia 23 de março, acuado pela crise da dívida.
Jose Sena Goulao/AP | ||
Imerso em crise, premiê demissionário de Portugal José Sócrates anunciou pedido de socorro à União Europeia |
O fim do governo de Sócrates foi acelerado pela rejeição do Parlamento português ao seu plano de ajuste fiscal. O pacote havia sido elaborado para evitar o resgate internacional. A ajuda externa estará condicionada ao país cumprir duras exigências de ajuste econômico.
"O governo decidiu dirigir à Comissão Europeia um pedido de ajuda financeira para garantir as condições de financiamento", disse Sócrates em breve pronunciamento na TV mais cedo nesta quarta-feira.
O valor do resgate financeiro ainda não foi anunciado, mas analistas do mercado financeiro estimam que pode chegar a 80 bilhões de euros [R$ 185 bilhões].
Portugal se torna, assim, o terceiro país da zona do euro a pedir ajuda aos parceiros europeus, após a Grécia e a Irlanda.
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