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16/04/2011 - 03h32

Argentina desafia FMI e diz que precisa "acelerar" o crescimento

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DA EFE

O ministro da Economia argentino, Amado Boudou, voltou nesta sexta-feira a enfrentar o FMI (Fundo Monetário Internacional) ao afirmar que a Argentina deve "acelerar" seu crescimento, e rejeitou as advertências de "superaquecimento" feitas pelo organismo internacional.

"Estamos convencidos de que é preciso acelerar, não diminuir (...) Vamos trabalhar para crescer mais", enfatizou Boudou em entrevista coletiva concedida na sede do FMI.

O governo de Cristina Fernández de Kirchner "acredita na economia real, não na avaliação financeira", acrescentou, descartando que seu país vá destinar recursos para um fundo "contracíclico", como anunciaram alguns países da região.

O ministro argentino respondia assim a Nicolás Eyzaguirre, responsável do FMI para a América Latina, que declarou na manhã desta sexta-feira que a economia argentina deve "diminuir" seu ritmo de crescimento "para torná-lo sustentável" e recomendou políticas menos expansivas.

Boudou considerou que "o problema não é o superaquecimento", que afirmou ser uma "questão de segunda ordem", e insistiu que a Argentina vai trabalhar para "crescer mais". "Precisamos incorporar mais cidadãos ao mercado de trabalho", disse.

O ministro reconheceu que o país registra o "máximo uso da capacidade instalada", mas afirmou que isso "está longe de ser um problema, é uma boa notícia".

Quanto às dúvidas sobre a inflação na Argentina, que o governo situa em 10,5% em 2010 e alguns analistas independentes elevam a até 30%, Boudou declarou que o "relatório técnico" da missão do FMI que viajou à Argentina para assessorar o Executivo está com o Instituto Nacional de Estatística (Indec), com cujos representantes se reunirá na próxima semana para analisar as recomendações.

"O relatório é sobre índices, não sobre inflação", frisou.

O ministro qualificou a relação atual da Argentina com o FMI como "madura", embora tenha ressaltado que o organismo internacional é responsável por algumas das "políticas mais tristes para a Argentina", aplicadas especialmente na década de 1990.

 

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