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18/04/2011 - 11h09

Mercado financeiro prevê alta de juros a 12,25% nesta semana

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DE SÃO PAULO

Já se tornou praticamente um consenso no mercado financeiro de que o Banco Central deve aumentar nesta semana a taxa básica de juros do país dos 11,75% para 12,25% ao ano. Essa taxa serve de referência para os bancos na hora de emprestar para consumidores e empresas.

Se a economia está muito aquecida --com grande volume de investimentos, e consumo em alta-- e os preços domésticos começam a subir, uma das saídas do governo é reduzir os estímulos. Nesse caso, tornar o crédito mais caro funciona como uma "ferramenta" do governo para combater a inflação.

E o boletim Focus divulgado hoje mostra que os economistas do setor financeiro não acreditam num arrefecimento da inflação mais para frente. Pela sexta vez consecutiva, as projeções de bancos e corretoras foram revisadas para cima: em vez uma taxa de 6,26%, agora a maioria das estimativas aponta para uma inflação de 6,29% neste ano (pela referência do IPCA).

Essa taxa de 6,29% é bem próxima da meta de inflação do governo para 2011: 6,50%, no limite da "tolerância" da equipe econômica.

"A inflação corrente continua bem acima do inicialmente esperado, os preços de commodities permanecem em patamar elevado e o ritmo de desaceleração local ainda não é claro. Além disso, o novo governo ainda não teve tempo de construir a reputação necessária para convencer a sociedade de que não há, hoje, maior tolerância à inflação", afirma Roberto Padovani,, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil.

Os especialistas do banco Fibra avaliam que o BC deve subir os juros nesta semana, e dar uma "parada técnica" para avaliar os efeitos, até o segundo semestre, quando há chances de reinício do ciclo de aperto monetário.

"No final do ano, repetindo o comportamento inflacionário do ano passado, devemos ter índices de inflação pressionados novamente, refletindo negociações salariais importantes do segundo semestre e uma demanda crescendo consistentemente acima da oferta. Neste cenário, consideramos a retomada do ciclo de aperto monetário no final deste ano ou no início do próximo", diz a economista-chefe Maristella Ansanelli.

 

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