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23/05/2011 - 19h44

Fabricantes de tablets aumentam aposta no Brasil

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DA REUTERS, EM SÃO PAULO

Empresas de tecnologia que entraram no mercado de tablets após o lançamento do iPad, da Apple, no ano passado, estão revisando suas estratégias de negócios e aumentando as apostas no Brasil após o governo ter desonerado os aparelhos.

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A norte-americana Motorola e a coreana Samsung já produzem tablets no Brasil. A brasileira Positivo Informática planeja o lançamento de um modelo para o segundo semestre e a ZTE, da China, produzirá o aparelho em sua nova fábrica em Hortolândia, interior de São Paulo.

O governo publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira medida provisória que inclui computadores tablets no regime que dá incentivos fiscais para a produção de bens de informática.

A medida estabelece a inclusão dos tablets pouco após integrantes do governo anunciarem que a taiwanesa Foxconn avalia fabricar produtos da Apple no país, inclusive o iPad.

A Samsung, que concorre com o iPad com o tablet Galaxy Tab, já produz o aparelho em sua fábrica de Campinas, interior de São Paulo. Porém, o Galaxy Tab --com tela de sete polegadas-- não receberá benefícios fiscais por ter funções de voz e ser classificado oficialmente como um celular.

Para aproveitar a redução dos impostos sobre tablets, a Samsung lançará dois modelos no país com telas de oito e dez polegadas.

"Já estamos com projetos tramitando para arrogar os incentivos aos aparelhos. Quando aprovados, no dia seguinte passaremos a fabricá-los em Campinas (SP)", afirmou o vice-presidente de Novos Negócios da Samsung no Brasil, Benjamin Sicsu.

O enquadramento dos tablets na chamada "Lei do Bem" permite que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) baixe nesses produtos de 15% para 3%. Além disso, a alíquota do PIS/Cofins cai de 9,25% para zero. A expectativa do governo é que os preços de produção dos tablets caiam 31%.

A ZTE --que anunciou investimento de R$ 350 milhões na fábrica em Hortolândia-- vai produzir seu tablet V9 na nova unidade e também sob contrato com a terceirizada Evadin, em Manaus.

O presidente da ZTE do Brasil, Eliandro Ávila, afirmou que ainda não há data fixa para começar a produção, mas que a demanda já é grande o bastante.

"Creio que o mercado passará a ficar mais aquecido a partir de agosto ou setembro. Os tablets são a grande promessa para o Natal. Pretendemos vender 150 mil unidades em um ano", disse Ávila à Reuters.

A ZTE também terá um novo modelo de tablet com lançamento mundial que passará a ser produzido no Brasil.

A Motorola, que compete no setor com o tablet Xoom, já produz o aparelho no país, na fábrica de Jaguariúna, interior de São Paulo. "A estratégia de precificação do tablet da empresa será revisada após a aprovação dos benefícios fiscais pelo governo", disse a companhia por e-mail.

A fabricante norte-americana afirmou já ter enviado requisição ao Ministério da Ciência e Tecnologia para usufruir dos benefícios fiscais para tablets.

De acordo com a empresa de pesquisa IDC, as vendas de tablets no Brasil devem chegar a 300 mil unidades em 2011, com a maior movimentação ocorrendo nos seis últimos meses do ano. Nessa época, mais produtos do exterior terão chegado ao mercado brasileiro e as fabricantes nacionais já terão se posicionado com seus próprios produtos.

Segundo o IDC, a desoneração dos tablets só terá um impacto relevante sobre as vendas em 2012, levando-se em conta o tempo de produção dos dispositivos brasileiros.

 

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