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24/05/2011 - 21h07

Fracassa acordo Brasil-Argentina para acabar com barreiras

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LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES

Fracassou a tentativa dos governos do Brasil e da Argentina de fechar um acordo para encerrar o conflito entre os países por causa da adoção de barreiras comerciais.

Após dois dias de reunião bilateral em Buenos Aires, a liberação de produtos "travados" em ambos os países continuará dependendo de "gestos" de boa vontade.

"Não houve um avanço prático de curto prazo", admitiu Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele e o secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, ficaram de se reunir nos próximos 15 dias, desta vez no Brasil.

Afetado pelo decisão do governo Dilma de dificultar a importação de carros, a Argentina pediu o fim da medida (negada pelo Brasil) ou que pelo menos o prazo de liberação dos veículos argentinos seja inferior aos 60 dias previstos pela Organização Mundial do Comércio.

Os negociadores brasileiros, como condição, queriam a rápida liberação de produtos retidos na Argentina, como calçados, eletrodomésticos, pneus e até chocolates.

Como as autoridades do país vizinho não se comprometeram com a liberação total dos produtos, não houve acordo. Nas palavras de um negociador, será necessário um "segundo round".

A decisão do governo Dilma de cancelar as licenças automáticas para importação de veículos, que afeta todos os países, foi uma resposta à política da Argentina de reter a circulação de produtos brasileiros. Hoje, uma autoridade do Brasil mostrou aos argentinos uma lista com itens (como calçados) travados há mais de 450 dias.

Segundo Alessandro Teixeira, por enquanto continua valendo o "gesto de cavalheiros" acertado na semana passada: o Brasil libera a entrada de alguns veículos argentinos parados na fronteira, enquanto o país vizinho permite a circulação de alguns produtos brasileiros _não há definição de valores ou quantidades.

O comércio entre os países continuará, pelo menos até a próxima reunião, regulado por práticas protecionistas.

 

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