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Ministra argentina chega ao Brasil para discutir barreiras
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DA EFE, EM BUENOS AIRES
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, receberá em Brasília nesta quinta-feira (2) a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, para buscar uma solução para as tensões comerciais entre as duas maiores economias da América do Sul.
As conversões são uma continuação dos encontros da semana passada em Buenos Aires entre os secretários de Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, e do Brasil, Alessandro Teixeira, que também estarão presentes na reunião entre Giorgi e Pimentel.
O Ministério da Indústria argentino lembrou nesta quarta-feira em comunicado que relatou ao Brasil sua "preocupação pelo persistente e crescente déficit na troca comercial bilateral".
Os argentinos também reforçaram "a necessidade de adotar medidas orientadas a atender os desequilíbrios estruturais, mais especificamente o comércio de manufaturas de origem industrial", segundo a nota.
O novo conflito comercial surgiu há três semanas, quando o Governo brasileiro impôs licenças não automáticas à importação de automóveis de todo o mundo, medida que foi interpretada na Argentina como uma represália às barreiras que o país vizinho impõe a bens procedentes do Brasil.
De fato, o governo da presidente Dilma Rousseff impôs as restrições um dia depois de Pimentel se queixar dos problemas que produtos brasileiros, especialmente alimentos, enfrentam para ingressar no mercado argentino.
Giorgi qualificou a medida imposta pelo Brasil de "intempestiva e sem aviso", e enviou uma dura carta a seu colega na qual defendeu as medidas adotadas pela Argentina e acusou seu principal parceiro comercial de impor múltiplas barreiras às exportações argentinas.
A ministra do país vizinho disse nesta quarta-feira em comunicado que "o tratamento das assimetrias é essencial para avançar rumo a uma integração mais profunda, mas só podem ser esperados resultados a médio e longo prazo".
Por essa razão, sustentou ser necessário "adotar de forma paralela medidas que contribuam, de forma mais imediata, a equilibrar a troca comercial e aprofundar o processo de integração".
Giorgi adiantou que nesta quinta-feira discutirá também questões pendentes de acesso de determinados produtos argentinos ao mercado brasileiro, como azeite de oliva, bebidas alcoólicas, leite em pó e eletrodomésticos.
A representante argentina pretende tratar ainda dos impedimentos ao financiamento por parte do BNDES a empresas argentinas de maquinaria agrícola e caminhões.
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