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02/06/2011 - 12h33

Corretoras miram recuperação da Bolsa;veja sugestões de junho

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EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Embora o cenário geral continue sendo de incertezas e portanto, de cautela, analistas das corretoras de valores veem pelo menos dois fatores que podem fazer a Bolsa de Valores brasileira ganhar novo gás a partir de junho.

O primeiro é o arrefecimento da inflação. Há muitas dúvidas se realmente o ritmo de alta dos preços domésticos vai seguir a trajetória benigna desejada (não somente) pelo governo, mas caso os próximos indicadores confirmem a desaceleração recente, pode ser um motivo de ânimo novo para os investidores.

Com menos inflação no horizonte, o governo pode abortar mais cedo o ciclo de alta dos juros, amenizando a concorrência da renda fixa contra a renda variável.

Outro fator visto com algum "pensamento positivo" pelo mercado é o fluxo de capital estrangeiro. No mês passado, mais de R$ 2 bilhões migraram para a Bolsa brasileira --entre vendas e compras de ações. "Se mantido esse fluxo positivo durante o mês de junho, poderemos ver um melhor momento para o mercado", avaliam a área de análise da Planner Corretora, em relatório para junho.

Mas, é claro, os problemas de sempre ainda devem assombrar o mercado brasileiro (e mundial) neste mês.

"A percepção de que os problemas enfrentados pelas economias de países na zona do euro e nos Estados Unidos ainda estão longe de uma solução, vem mantendo os investidores de longo prazo afastados e sustentando um ambiente de imediatismo na busca de ganhos rápidos", comentam os analistas da Planner.

Essa corretora mantém suas apostas em ações de empresas ligadas ao consumo interno -- "ações com essas características têm se descolado em termos de desempenho e oferecido boas oportunidades de ganho --enquanto os papéis de empresas baseadas em commodities têm refletido as volatilidades do mercado internacional.

Os profissionais da Um Investimentos também reforçam suas apostas no setor de consumo doméstico, mas enfatizam a preocupação quanto à trajetória das altas dos preços.

"O medo das 'medidas macroprudenciais' e também do aperto na política monetária via juros ainda preocupam, principalmente nos setores mais afetados como bancos, consumo e construção civil, mas como as expectativas para a inflação estão melhorando, apostas nesses setores parecem razoáveis para o mês de junho", assinalam.

RECOMENDAÇÕES

Praticamente toda a carteira recomendada pela Spinelli Corretora é forrada por ações do segmento mais voltado para o consumo doméstico.

As ações da ABC Brasil, Banrisul, Hering, Cielo, Cosan, Embraer, Gol, HRT Petróleo, Lojas Marisa, Tim e Totvs fazem parte do cardápio sugerido para junho por essa corretora.

A mesma tônica pode ser vista nas ações sugeridas pela Banif Investimentos, que indica Even, Eztec, Lojas Americanas, Lojas Renner e Raia, ao lado de Bradesco, Copasa, Vale e Petrobras.

A carteira de ações recomendada pela Planner vai por caminhos semelhantes, com apostas os papéis da Localiza, Duratex, Copel, Totvs, M. Dias Branco, AES Eletropaulo e Randon. A lista se estende para as ações da Vale, OGX, Itaú-Unibanco, CSN e Petrobras.

Com um pouco menos de ênfase nos papéis de consumo doméstico, a Link Investimentos indica as ações da Metalúrgica Gerdau, OGX, Suzano e Vale, mas lista também AES Tietê, AmBev, CCR, Cosan, Itaú-Unibanco e Lojas Americanas.

Já a Um Investimentos lista bem menos papéis voltados para o setor de consumo doméstico, observando principalmente o segmento de infraestrutura: constam de sua cesta de ações recomendadas os papéis da Braskem, Cemig, Petrobras, Ecovias e Vale, ao lado de Brasil Foods, Banco do Brasil, Eztec, Itaú-Unibanco e Hypermarcas.

As ações do BB e da Vale também aparecem na lista de ações sugeridas pela Socopa Corretora, que ainda indica os papéis da Duratex, OHL e do Pão de Açúcar.

"Por ora, decidimos não retirar Pão de Açúcar da carteira, pois acreditamos que a forte queda do final do mês possa ser revertida em junho conforme o problema for equacionado pelos sócios", assinalam os analistas da Socopa, mencionando o "imbróglio" Casino-Pão de Açúcar, a respeito das supostas negociações do grupo varejista brasileira com o Carrefour.

Por fim, a corretora Souza Barros aposta nos papéis da Duratex, da Cemig, do Itaú-Unibanco, Petrobras e BM&FBovespa.

 

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