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No Twitter, Abílio diz que revelará tudo sobre fusão em breve
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DE SÃO PAULO
O presidente do Conselho do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, comentou a polêmica em torno das negociações de fusão com o Carrefour no Brasil. Em três mensagens em sua página no Twitter, ele promete revelar toda a história por trás das conversas.
"Tenho fé em Deus e acredito no meu trabalho. Tudo vai acabar bem e em breve contarei toda a história", afirmou o empresário.
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O anúncio, na terça-feira, de uma proposta de fusão envolvendo o banco BTG Pactual e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) provocou a "ira" do sócio de Abílio no grupo, o francês Casino, principal rival do Carrefour na França.
O advogado José Carlos Dias, contratado pelo Casino para defendê-lo em eventuais ações criminais, disse à Folha que o plano que Abilio costurou com o Carrefour, o BTG Pactual e o BNDES equivale "a um golpe de Estado".
"Estou sendo muito criticado, mas acredito que a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour será boa para o país e para os brasileiros", disse Abílio, ainda no Twitter. Ele ainda agradeceu o apoio recebido no site.
Ontem, Dias afirmou que "não se pode aceitar o que eu chamo de golpe de Estado corporativo. Fizeram um acordo secreto e estão usando o BNDES para pressionar os franceses".
Para ele, seria vexaminoso e humilhante para a imagem do Brasil a noção de que o país não respeita contratos.
O acordo de acionistas assinado em 2005 entre Abilio e Casino previa que o grupo francês passaria a controlar o Pão de Açúcar em 2012.
O plano apresentado por Abilio, BTG e BNDES não inclui o Casino na direção dos negócios a partir de 2012.
O advogado diz que não dá para entender as razões que levaram o BNDES a se dispor a investir R$ 3,9 bilhões num negócio que não tem nada a ver com política industrial, seu suposto foco.
A assessoria jurídica da Estáter, que fez o plano de fusão, diz que a acusação de "golpe de Estado" é infundada por duas razões: 1) o acordo de acionistas do Pão de Açúcar com o Casino não proíbe nenhuma das partes de negociar com outros parceiros; 2) a proposta de fusão apresentada anteontem não viola o acordo de acionistas porque precisa ser aprovada pelos órgãos corporativos das empresas.
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