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Empresas e redes sociais impulsionam tablets e celulares
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CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO
ROBERTO DIAS
EDITOR DE NOVAS PLATAFORMAS
Tablets e celulares ganham espaço rapidamente no mercado brasileiro. Mas os fatores que movem o crescimento de cada um deles são distintos, apontaram representantes da indústria de telecomunicação na Futurecom, feira do setor que acontece nesta semana em São Paulo.
"O tablet vai entrar via mercado corporativo. O consumidor final vai passar a usar o tablet a partir dessa experiência", afirma Bernardo Weisz, diretor de vendas da chinesa ZTE.
Trabalhos que hoje são feitos com outros aparelhos devem migrar para os tablets. "Um gerente vai poder andar pela fábrica com o mapa [no tablet] e ver as câmeras enquanto caminha", diz Renato Lewenthal, da Bull, empresa francesa que desenvolve sistemas digitais.
Para Ricardo Ogata, gerente da Cisco, o tablet pode substituir ao mesmo tempo o telefone, o desktop e o notebook. "Vai haver uma unificação dos dispositivos em um único elemento", afirma. "Um vendedor pode levar seu dispositivo a campo e quando voltar à loja plugá-lo numa 'docking station` e usá-lo como se fosse um PC."
A Vivo informa que suas compras de tablets e smartphones têm crescido a um ritmo de 30% por trimestre. "O tablet é sem volta", diz Manuel Sousa, da consultoria KPMG.
Já o impulso aos celulares mais avançados vem de outra fonte. "Existe uma demanda muito grande por smatphones em função das redes sociais", afirma Weisz, da ZTE.
"Não faz sentido esperar para cutucar alguém no Facebook quando chegar em casa ou no escritório", diz Hilton Mendes, diretor da Vivo. "As pessoas querem fazer isso na hora."
A operadora afirmou ter notado mudança significativa no comportamento dos consumidores nos últimos três anos. Mesmo quem tinha smartphones não utilizava toda a capacidade do aparelho. "Mas não por uma questão financeira", diz Mendes. "As pessoas não viam valor em ter um plano de dados. De lá para cá, a experiência melhorou significativamente."
O mercado brasileiro já superou a taxa de um celular por pessoa. "O que se vê em países com forma de consumo similar à nossa, como Argentina a e Chile, é que começa a ficar difícil fazer novos usuários", afirma Marcelo Najnudel, gerente da chinesa Huawei. Com isso, o caminho natural para vender aparelhos é oferecer produtos melhores, para acelerar a troca dos celulares de quem já tem.
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