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22/10/2011 - 14h18

Presidência assume operação para libertar reféns em aldeia no Pará

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AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

A Secretaria Geral da Presidência da República assumiu neste sábado o controle das negociações com líderes das etnias munduruki, kayabi e apiaká, que tomaram como reféns sete funcionários da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e da Funai na divisão entre os Estados do Mato Grosso e do Pará.

A decisão de envolver a Presidência da República na operação para a libertação dos reféns foi tomada depois do fracasso nas negociações coordenadas pela Funai ao longo de toda a semana.

Uma comissão de negociação chegou hoje à cidade de Alta Floresta, norte do Mato Grosso. O objetivo é abrir negociação com as lideranças das três etnias para a libertação imediata dos reféns. Segundo a EPE, todos estão saudáveis e não correm riscos físicos.

A ação dos índios faz parte dos protestos contra a construção da Usina Hidrelétrica de São Manoel, no rio Teles Pires, na divisa dos dois Estados.

Segundo informações da EPE, uma liderança indígena conversou ontem (sexta-feira) com secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, de um telefone público instalado na aldeia.

Nesta conversa, o líder indígena impôs a presença do governo na aldeia e a discussão sobre a instalação da hidrelétrica. Os indígenas não aceitam o projeto.

Os sete funcionários tomados como reféns estavam na aldeia explicando os impactos que serão gerados pelo empreendimento aos nativos da região.

O episódio fez o Ibama suspender --sem novo prazo-- as três audiências públicas que aconteceriam entre hoje, amanhã e a próxima terça-feira. Uma liminar da Justiça Federal de Mato Grosso também suspendeu a audiência pública.

A EPE aguardava a decisão de licenciamento prévio do Ibama para incluir o projeto no leilão marcado pelo governo para dezembro.

A usina, com capacidade instalada de 700 MW, poderá ser instalada próximo a foz do rio Apiacás. A barragem ficará entre os municípios de Paranaíta (MT) e Jacareacanga (PA).

O reservatório da usina terá 63,96 quilômetros quadrados. Esse é um dos projetos de geração hidrelétrica previstos pelo governo na região Amazônica.

 

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