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03/11/2011 - 08h26

Senadores querem Força Nacional no combate a milícias no Rio; ouça

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DE SÃO PAULO

Senadores irão discutir a presença da Força Nacional de Segurança no combate às milícias que atuam no Rio de Janeiro. Os grupos, em geral formados por policiais e ex-policiais, além de políticos corruptos, cobram taxas de moradores em troca de segurança, e muitas vezes controlam serviços como o de distribuição de gás e de transporte pirata.

O deputado Marcelo Freixo, que presidiu a CPI das Milícias na Assembléia Legislativa do Estado em 2008, aceitou convite da Anistia Internacional para morar fora do país por alguns meses. Só nos últimos 30 dias, ele sofreu sete ameaças de morte motivadas pela investigação sobre esses grupos criminosos.

A falta de segurança do deputado repercutiu no Senado. Para o presidente da Subcomissão de Segurança Pública, senador Pedro Taques (PDT-MT), o episódio representa a total falência da segurança pública no país. Ele afirmou que a subcomissão vai discutir o assunto nos próximos dias com dois focos: o papel das polícias militar e civil e a possível convocação da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no combate às facções criminosas.

"Nós temos duas polícias com sede estadual que têm uma discussão, uma briga genética, está do DNA das duas polícias. Isso tem que ser resolvido, porque quem está sofrendo prejuízo é o cidadão, e as milícias comprovam exatamente isso", disse.

Pedro Taques

A Força Nacional de Segurança, subordinada ao Ministério da Justiça, foi criada há sete anos e já atuou no Rio de Janeiro duas vezes, nos jogos Pan Americanos de 2007 e em operações nas vias expressas e no Complexo do Alemão.

Para a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), dessa vez o problema só será resolvido se houver mudança de atitude do governo estadual, a quem ela acusa de omissão em relação às recomendações da CPI das Milícias.

"O governador Sérgio Cabral, que prioriza as operações espetaculares, como a ocupação do morro do Alemão, em detrimento das medidas efetivas para esvaziar o poder das milícias, não efetivou uma única medida recomendada pela CPI aprovada por unanimidade pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro", declarou.

Marinor Brito

O trabalho da CPI levou ao indiciamento de 225 suspeitos de envolvimento com as milícias. Na terça-feira (2), houve manifestação popular de solidariedade ao deputado Marcelo Freixo em frente à Assembléia Legislativa. Uma nova mobilização é planejada para o próximo domingo (6) na zona Sul do Rio.

As informações da Rádio Senado

 

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