Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/07/2010 - 20h32

Advogado de Mizael afirma que seu cliente vai se apresentar nesta quinta

Publicidade

MELINA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O juiz Jayme Garcia dos Santos Junior negou pedido de manutenção da prisão temporária de Mizael Bispo de Souza, ex-namorado e principal suspeito, de acordo com a polícia, de ter matado a advogada Mércia Nakashima.

Indiciado pelo homicídio nesta quarta-feira (14), Mizael agora poderá desfrutar da liberdade enquanto não houver outro decreto de prisão.

Mizael só se apresenta sem algema e sem prisão, diz advogado
Prisão de Mizael é prioridade, diz delegado
Veja vídeo com a versão da polícia sobre o caso Mércia
Justiça suspende prisão de Mizael, indiciado por morte de ex
Testemunha muda depoimento e diz não conhecer suspeito
Assassinato de Mércia foi premeditado, afirma polícia

A decisão foi baseada em manifestação do Ministério Público, que afirmou que os argumentos usados no pedido de manutenção não estavam de acordo com a legislação que rege a prisão temporária. Além disso, o juiz também negou a conversão da prisão temporária em preventiva por falta de comprovação dos requisitos necessários --garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal.

Fabio Braga-4.jun.10/Folhapress
Mizael Bispo de Souza é indiciado pelo assassinato da ex-namorada Mércia Nakashima, em São Paulo
Mizael Bispo de Souza, indiciado pelo assassinato da ex Mércia Nakashima, teve pedido de prisão negado

De acordo com o advogado de Mizael, Samir Haddad Junior, seu cliente pretende se apresentar ao juiz de Guarulhos nesta quinta-feira. Souza vai comunicar que continuará morando na mesma residência e trabalhando no mesmo local --um escritório de advocacia.

Sem revelar o local, Haddad Junior afirma, no áudio abaixo, que seu cliente ficou trancado cinco dias em um apartamento.

Samir Haddad

ENTENDA O CASO

Mércia foi vista pela última vez na casa dos seus avós no dia 23 de maio. O carro da advogada foi encontrado no dia 10 de junho em uma represa na cidade de Nazaré Paulista (a 64 km de São Paulo), após indicação de um homem que viu o veículo ser empurrado enquanto pescava. No dia seguinte seu corpo foi encontrado no mesmo local, após ela ter ficado desaparecida por 17 dias.

O vigia Evandro Bezerra Silva, suspeito de participar do crime, foi preso na madrugada de sexta-feira em Sergipe e transferido para São Paulo no dia seguinte. Em um primeiro depoimento, à polícia sergipana, o vigia negou qualquer envolvimento no crime, mas mudou a versão posteriormente, acusando o ex-namorado de Mércia. Ele disse que combinou com Mizael de buscá-lo na represa no dia do desaparecimento. Para a polícia, Silva e Souza criaram uma armadilha para Mércia.

"No calor da apresentação na delegacia, o Evandro disse o que ele quis. Só que ao mostrar as evidências ou ele negaria ou ele tentaria adequar a versão para minimizar a participação dele, como ele fez. Ele disse que não matou a Mércia, apenas socorreu o amigo que estava sozinho na beira da represa", afirmou o diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo.

Desde que a prisão de Mizael foi decretada, o advogado Samir Haddad Junior diz que orienta seu cliente a não se entregar. ""Mizael só se apresenta sem algema e sem prisão", disse, mais cedo, nesta quarta-feira. Já o delegado responsável pelo caso, Antônio de Olin, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse que a prisão de Mizael era uma prioridade.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página