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02/11/2011 - 15h01

Síria aceita fim de violência e libertação de detidos em protestos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Síria aceitou nesta quarta-feira "sem reservas" e "na totalidade" o plano de solução da crise síria elaborado pela Liga Árabe. A proposta inclui o fim de todas as ações violentas e a libertação dos detidos durante os protestos contra o regime de Bashar Assad.

Em reunião extraordinária na sede da organização no Cairo, as autoridades sírias aprovaram o plano de um comitê ministerial dos países árabes que também prevê a abertura do país a observadores internacionais e à imprensa.

"A delegação síria aceitou sem reservas o plano da Liga Árabe em sua totalidade", declarou uma fonte do órgão, ao fim da reunião.

Na terça-feira a Síria disse ter chegado a um acordo com os representantes da Liga Árabe, mas não deu maiores detalhes sobre um "documento final" para controlar a crise político-social que atinge o país.

No domingo, uma delegação da Liga, liderada pelo Qatar, reuniu-se em Doha com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem, para apresentar um plano que prevê o fim "imediato" da violência, a retirada dos tanques das ruas da Síria e um diálogo com a oposição no Cairo.

Depois da reunião, o ministro das Relações Exteriores do Qatar, Hamad bin Jassim al Thani, disse aos jornalistas que se tinha conseguido um acordo que trata todos os assuntos, mas não ofereceu detalhes sobre o conteúdo.

France Presse
Imagem divulgada por agência estatal síria mostra ditador Bashar Assad em entrevista em Damasco
Imagem divulgada por agência estatal síria mostra ditador Bashar Assad em entrevista em Damasco

A ONU afirma que mais de 3.000 pessoas foram mortas durante a repressão às revoltas de opositores na Síria, que já duram sete meses, incluindo centenas de crianças. O regime diz que as ações são contra grupos armados que já mataram mais de 1.100 membros das forças de segurança.

ALERTA DE ASSAD

O ditador da Síria advertiu que uma eventual intervenção ocidental contra seu regime poderia provocar um "terremoto" em seu país capaz de incendiar a região e gerando um novo Afeganistão, durante entrevista publicada pelo jornal britânico "Sunday Telegraph".

De acordo com a publicação, Assad disse que será criado "outro Afeganistão" se as forças estrangeiras decidirem intervir na Síria como fizeram na Líbia, em uma revolta que terminou com a morte de Muammar Gaddafi após ele ter ficado 42 anos no poder.

"A Síria agora é o eixo dessa região. É a linha de falha. Se vocês brincarem com ela, vocês vão causar um terremoto. Vocês querem ver outro Afeganistão ou dezenas dele?", questionou. "Qualquer problema na Síria vai incendiar toda região. Se o plano é dividir a Síria, isso significa dividir toda região".

Na entrevista, Assad afirmou que seu país é diferente "em todos os aspectos" do Egito, da Tunísia e do Iêmen, onde também ocorreram revoltas populares contrárias aos regimes recentemente.

 

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