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Grécia começa sessão para votar moção de confiança ao governo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Parlamento grego iniciou na tarde desta sexta-feira os debates prévios ao voto de confiança solicitado pelo governo socialista de George Papandreou, que enfrenta uma grave crise econômica e política, informou o canal de televisão parlamentar.
O voto de confiança foi pedido na segunda-feira pelo primeiro-ministro após o anúncio de um projeto de referendo sobre o plano europeu de ajuda ao país. O projeto de referendo foi abandonado oficialmente nesta sexta-feira, ante o pânico que provocou nos mercados e entre os sócios da Grécia na zona do euro.
Ministros, deputados e conselheiros de Papandreou continuam em intensas negociações e discussões antes da votação. Na conjuntura atual, qualquer resultado é possível.
Na quinta-feira, o governo de Papandreou perdeu a maioria absoluta no Parlamento, depois de duas deputadas socialistas anunciarem o fim de seu apoio ao Executivo. Com estas deserções, o partido governista Pasok ficou com 150 das 300 cadeiras no Parlamento de Atenas.
Panagiotis Tzamaros/Reuters | ||
Premiê grego, George Papandreou, (à dir). após fazer discurso no Parlamento |
Papandreou encerrará os debates antes do início da votação, prevista para meia-noite local (20h em Brasília). Na noite de quinta-feira, ele disse que está disposto a fazer concessões, em resposta à proposta da oposição de formar de um governo transitório para assegurar a adoção do plano de ajuda.
"Não estou amarrado a nenhum assento, o que me interessa é salvar a pátria", disse. Contudo, um pouco mais tarde, rejeitou a possibilidade de uma renúncia, o que provocou a ira do seu adversário conservador, Antonis Samaras, que adiantou que seu grupo votará contra a confiança.
Papandreou abandonou a ideia de um referendo sobre o acordo de ajuda europeu para se fortalecer. A oposição grega e os parceiros da Europa viam nesta consulta pública uma ameaça à permanência do país na zona do euro e à estabilidade da moeda comum.
Nesta sexta-feira, o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, afirmou em um comunicado que informou ao comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, ao ministro alemão das Finanças Wolfgang Schäuble e ao chefe do Eurogrupo Jean-Claude Juncker "a decisão da Grécia de não realizar um referendo".
Venizelos disse a seus colegas da União Europeia que manterá seu voto de confiança, com o objetivo de formar um gabinete de união nacional. "Queremos conseguir o maior consenso possível com a formação de um governo neste sentido".
Editoria de arte/folhapress |
Segundo o veterano socialista, Télémaque Hytiris, Papandreou terá o apoio do Parlamento desde que se comprometa a iniciar "a partir de amanhã os procedimentos para a formação de um governo de união".
No caso de um acordo entre socialistas e conservadores, este governo de transição terá a responsabilidade de adotar o plano, já odiado pela população e rejeitado pelos sindicatos, para 2012.
"Minha posição é clara, é necessário começar de imediato as discussões para a formação de um governo amplo e estabelecer, logo em seguida, o procedimento eleitoral", em vista das eleições antecipadas, afirmou Papandreou na quinta-feira.
ENTENDA
O anúncio do premiê grego de que vai submeter o pacote de resgate a um referendo popular ameaçou intensificar a crise da zona do euro, gerou críticas de líderes europeus, derrubou as principais bolsas e levou a oposição pedir a saída de Papandreou.
A Grécia criou na quarta-feira uma comissão para preparar a consulta à população, segundo anunciou o ministro do Interior, Haris Kastanidis.
"Este anúncio pegou a Europa inteira de surpresa", disse Sarkozy. "O plano é a única maneira de resolver o problema da dívida da Grécia."
O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, enfatizou que as negociações sobre o plano europeu para salvar a Grécia da falência não podem ser reabertas. "O programa integral que acordamos na semana passada não pode ser colocado novamente sobre a mesa", afirmou.
Os líderes da zona do euro concordaram na semana passada em conceder a Atenas um segundo pacote bilionário e um corte de 50% em sua dívida. Em contrapartida, a Grécia deve se comprometer em continuar com uma política de cortes de gastos como privatizações, redução de empregos públicos e cortes salariais.
Papandreou disse que precisava de maior apoio político para as medidas fiscais e as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais. "A vontade do povo grego será imposta", disse o premiê ante o grupo de parlamentares socialistas, ao anunciar que submeteria o pacote a um referendo popular.
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