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05/11/2011 - 13h08

Morte de líder das Farc não acabará com o grupo, diz especialista

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DA ANSA, EM BOGOTÁ

Especialistas afirmam que a morte do chefe das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Guillermo León Sáenz Vargas, conhecido como Alfonso Cano, coloca fim a uma era, mas não encerra as atividades do grupo guerrilheiro.

Rogelio Núñez, professor da Universidad Camilo José Cela, de Madri, disse ao portal Infolatam que o maior risco, no momento, é que a guerrilha entre em um processo de terrorismo urbano, o qual dificultaria "um acordo único e geral de desmobilização".

O especialista destacou que o próprio presidente colombiano, Juan Manuel Santos, advertiu que p governo não deve ser "triunfalista, mas sim, perseverar e insistir até conquistar um país em paz em que todos possam trabalhar por um futuro melhor".

Núñez ainda recordou que o próximo líder do grupo será o terceiro escolhido no período de três anos e que, diferentemente de 2008, quando Cano assumiu o poder, não há nenhuma figura mítica nas Farc.

"Cano e Mono Jojoy eram os sucessores óbvios de Manuel Marulanda [líder morto do grupo] após o desaparecimento em 2008 de Raúl Reyes. Já não estão [vivos] mais nenhum deles" concluiu o acadêmico.

A morte do líder máximo das Farc foi anunciada nesta madrugada, após uma operação militar do Exército colombiano que mobilizou cerca de mil homens. Santos declarou que esta morte põe fim a um ciclo de terror e pediu que os guerrilheiros se entregassem às autoridades. "Este golpe é uma confirmação do que dissemos tantas vezes: o crime não compensa, a violência não é o caminho" disse.

Cano foi morto no departamento de Cauca, onde houve um bombardeio seguido de um enfrentamento entre os oficiais e os guerrilheiros, apontou o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón.

Segundo o ministro, outros quatro membros do grupo ilegal teriam sido capturados, entre eles o chefe de segurança de Cano que era conhecido como "El Índio Efraín".

Em 23 de setembro de 2010, Jorge Briceño, conhecido como "Mono Jojoy", o segundo na linha de comando das Farc, atrás somente de Cano, foi morto após um bombardeio militar realizado no sul do país.

 

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