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05/11/2011 - 14h09

Políticos uruguaios apoiam convocação de embaixador na França

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DA ANSA, EM MONTEVIDÉU

Diversos setores políticos do Uruguai apoiaram a decisão do presidente José Mujica de convocar para consultas seu embaixador na França, Omar Mesa, após o mandatário francês, Nicolas Sarkozy, afirmar que o país sul-americano deveria ser incluído em uma lista de paraísos fiscais.

O ex-presidente Julio María Sanguinetti (1985-1990 e 1995-2000), do Partido Colorado, que é de orientação conservadora, afirmou que Sarkozy "evidentemente não está bem informado" sobre a situação uruguaia.

"De qualquer forma, falar de um paraíso fiscal em país com a pressão fiscal que têm" os países da região "é um ato de total desinformação", disse o ex-mandatário.

Outro ex-presidente colorado, Jorge Batlle (2000-2005), considerou "temerária" a afirmação do francês, afirmando que "a primeira coisa que o presidente [da França] deveria saber é que os integrantes mais importantes do G20 são organizadores dos verdadeiros paraísos fiscais que existem no mundo".

O presidente do Partido Nacional (Blanco), também opositor, Luis Alberto Heber, disse ao jornal uruguaio El País que as declarações de Sarkozy foram "totalmente deslocadas" e "rechaçáveis de todos os pontos de vista".

"A reação tem que ser muito dura, porque o presidente Sarkozy está falando sem nenhum tipo de informações que o respalde", concluiu Heber.

Sarkozy disse sexta-feira, após a cúpula do G20, em Cannes, que "Antígua e Barbuda, Barbados, Botsuana, Brunei, Panamá, Seicheles, Trinidad e Tobago, Uruguai e Vanuatu não têm um marco jurídico adaptado aos intercâmbios de informação fiscal".

O francês disse também que "a mensagem" de que "não queremos paraísos fiscais" é clara.

"Os países que seguem sendo paraísos fiscais mediante a falta de transparência bancária serão postos à margem da comunidade internacional" concluiu.

 

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