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07/11/2011 - 12h01

Crise europeia enfraqueceu G20, diz representante do Brasil no FMI

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PEDRO SOARES
DO RIO

Para o economista Paulo Nogueira Batista, diretor para o Brasil e mais oito países da região no FMI (Fundo Monetário Internacional), a crise europeia minou as forças da reunião de cúpula do G20, que terminou sem acordo, por exemplo, sobre como capitalizar o fundo monetário, um dos principais pontos em debate.

A posição brasileira, segundo ele, é de só aportar recursos se as linhas de crédito aos países europeus tiverem condicionantes, uma forma de "garantia" a quem empresta.

Para Nogueira Batista, a falta de acordo no tema de capitalização do FMI decorreu do fato de o aporte no fundo não ser das operações mais rentáveis para o país e da exigência de "condicionalidades" nos empréstimos a serem feitos a países europeus, uma exigência do Brasil e de outros países.

"Agora, estamos na posição de credor. Não somos credores raivosos. Até porque éramos devedores até bem pouco tempo. Temos essa memória. Mas defendemos condicionalidades. Não dá para pensar numa linha especial de recursos para a Europa com pouca ou nenhuma condicionalidade."

Sobre a falta de acordo, Batista disse que, "em face do tamanho da crise, a resposta não veio".

O representante do Brasil no fundo monetário afirmou ainda que a crise europeia e o anúncio de uma provável consulta à população grega sobre os termos de um acordo para o refinanciamento da dívida da Grécia --possibilidade já descartada-- "consumiu muita energia" dos líderes do continente.

"Primeiro, eles tiveram de enquadrar o primeiro ministro da Grécia [o demissionário George Papandreou]. Depois, tiveram de enquadrar [Silvio] Berlusconi [primeiro ministro italiano]. Vocês não imaginam a energia que foi gasta", disse.

 

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