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16/11/2011 - 11h34

Refugiados da crise política podem voltar à Costa do Marfim

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DA EFE, EM LOMÉ

Cerca de 5.000 refugiados da Costa do Marfim que fugiram para o Togo após a onda de violência pós-eleitoral que atingiu o país entre dezembro de 2010 e abril de 2011, poderão retornar de forma voluntária, conforme acordo das duas nações com o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

O documento foi assinado nesta quarta-feira durante a visita do presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara ao Togo, e dá livre acesso à repatriação voluntária de refugiados, informaram as autoridades de ambos os países.

Pelos dados do Acnur, Togo acolhe 5.066 refugiados marfinenses, dos quais 2.791 vivem em acampamentos da ONU e 2.275 vivem com parentes.

O próprio Ouattara conversou ontem com refugiados e os encorajou a retornar a Costa do Marfim, garantindo que a reconciliação nacional já começou. "É hora de voltar e começar a trabalhar. A Costa do Marfim está trabalhando e a reconciliação também está em andamento", disse.

Em nome dos refugiados, Mamadou Cherif se manifestou: "Sentimos saudades do nosso país e do nosso trabalho. Queremos voltar à Costa do Marfim".

O presidente marfinense ressaltou que "todas as pessoas que cometeram crimes durante a onda de violência pós-eleitoral serão perseguidas". "Não haverá nenhum tipo de discriminação nem proteção. A Justiça será a mesma para todos".

Após as eleições de 28 de novembro de 2010, o ex-presidente Laurent Gbagbo não quis reconhecer sua derrota. A eleição de Alassane Ouattara gerou uma crise de cinco meses entre as forças leais a ambos os candidatos.

No conflito ocorreram 3.000 mortes, 32 pessoas ficaram desaparecidas e 500 foram presas de forma arbitrária em atos de violência após as eleições, segundo a promotoria do TPI (Tribunal Penal Internacional).

 

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