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Grande esforço para cortar deficit dos EUA deve fracassar
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DA REUTERS, EM WASHINGTON
O esforço mais ambicioso de Washington em anos para lidar com sua enorme dívida deve terminar discretamente nesta segunda-feira, com os negociadores planejando anunciar que não conseguiram chegar a um acordo.
Os líderes republicanos e democratas de um "supercomitê" do Congresso formado por 12 membros devem anunciar uma derrota em uma declaração conjunta a ser divulgada após três meses de negociações terem fracassado devido a profundas divisões sobre impostos e gastos.
Após um ano de batalhas orçamentárias, é outro sinal de que os legisladores dos EUA estão muito arraigados a se comprometerem com aumentos de impostos e cortes de benefícios que, segundo especialistas, são necessários para colocar as finanças do país em um caminho estável.
O fracasso do painel vai consolidar a avaliação de discórdia em Washington entre eleitores e investidores já decepcionados com a postura do governo, que levou o país à beira de um calote da dívida pela primeira vez em agosto.
Legisladores provavelmente não voltarão a discutir o problema até pelo menos 2013, conforme direcionam a atenção para as eleições presidencial e parlamentar de 2012. As divergências sobre o Orçamento continuarão nos próximos meses.
Os democratas devem tentar estender a curto prazo medidas de estímulo econômico, tais como subsídios de desemprego e um corte de impostos sobre a folha de pagamento, que eles esperavam manter em qualquer acordo no comitê. Analistas dizem que a economia poderia voltar à recessão caso esses benefícios acabem no final do ano, como planejado.
Os republicanos lutam para proteger os militares de cortes de gastos automáticos de US$ 600 bilhões que terão vigor a partir de 2013 na ausência de um acordo.
As bolsas de valores da Ásia e os futuros de ações dos Estados Unidos caíram, com a notícia pesando sobre os mercados. As expectativas do mercado para um acordo são pequenas, e os investidores viam os Estados Unidos como um refúgio relativamente seguro em meio à crise da dívida na zona do euro. Mas o fracasso pode lembrar investidores dos riscos impostos por um impasse em Washington.
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